terça-feira, 25 de dezembro de 2012

All I want for Christmas...

...é voltar pra casa.

Sendo mais específico: ter uma casa para voltar. Um lugar no qual me sinta... livre, e acolhido, e amado. Um colo, um sorriso, um cheiro.

Algum lugar no qual eu não me sinta como visita. Que eu não tenha hora de ir embora.

Suspeito que só conseguirei isso sozinho. Talvez quando eu morar sozinho, e longe (mesmo que perto), posa voltar pra casa, tirar os sapatos e verdadeiramente... relaxar, talvez? Baixar a guarda? Ser eu mesmo, e não ter vergonha de quem sou? Não consigo expressar adequadamente. Algo se perde na solidez das palavras, sólidas demais pra um sentimento vaporoso.

Eu tenho a percepção, lúcida e cortante, que estou procurando fora algo de que preciso dentro. Não existe uma casa, em algum lugar, que me dará isso. Que terá um batente de porta mágico, que me dará paz de espírito ao passar por ele. Eu sei. Mas eu não consigo procurar dentro de mim. Porque dentro de mim é um pântano, por falta de palavra melhor.

Ela não está no supermercado, ela não está no carro que passa na rua, ela não está na geladeira. Na verdade, ela não está nem mesmo na casa dela. Se fosse lá, e encontrasse aquele ser humano falível e lindo no qual me baseei, ela não estaria lá, apenas algo com a mesma forma e cheiro que ela. Mas não com o mesmo sentimento ou sorriso que ela tem. Porque ela existe dentro de mim, apenas. Não existe mais no mundo externo a mim. Tenho quase certeza que nem mesmo chegou a existir um dia.

É engraçado como alguns amigos dizem: "Você a coloca num pedestal". Não. Eu enxergo so defeitos dela. Eu apenas sou... o que, idiota? o bastante pra apreciá-la em sua totalidade, defeitos inclusos.

Ela, obviamente, não aprecia os meus.

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Houve uma esta de natal com amigos que há muito não via, e houve a ceia de natal na casa de minha mãe, com minha filha, e mãe, e irmã e sobrinhos. Eu me diverti em ambas, e não bebi, e socializei e tirei meus pequenos momentos de prazer de onde pude. De fato, pode-se dizer que surfei o feriado em uma onda de cafeína.

E não me recordo de ter me sentido tão absolutamente sozinho e isolado do mundo recentemente quanto senti nesse feriado. É a diferença entre estar se afogando em uma piscina absolutamente vazia, e outra absolutamente lotada.

Agora irei jogar videogame até que o sono venha. Amanhã vou trabalhar. Meu sorriso está ficando gasto... mas ainda dá pro gasto, creio.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Pinte

Uma imagem mental que me veio no banho, este lugar terrível de se pensar. Minha vida é um mosaico, que vim construindo nos últimos anos. Pedaços meus, pedaços dela, pedaços meu e dela. Nenhum particularmente relevante se vistos de perto, mas que de longe, formam uma imagem coerente e colorida.

E agora eu perdi todos os pedaços dela, e meu e dela. Sobraram só os meus pedaços, e os fragmentos dos pedaços que dividíamos. E não há pedaços meus o bastante pra preencher toda a armação. Terei que me diluir, e fazer uma aquarela. Transformar minha vida em uma caótica e nonsense pintura experimental de aquarela de preto sobre preto.

domingo, 9 de dezembro de 2012

En route

Eu estou morrendo.

Eu estou morrendo, sozinho, uma gota de sangue, suor e lágrima de cada vez.

O silêncio dela me agride como nada mais poderia. O vazio dos dias é... pesado.

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Me corto. Não sei porquê. Parece que o meu desespero fritou o centro de dor que há no meu cérebro, e não sinto mais dor física por mais que um segundo ou dois. Meu braço parece meu pequeno mapa ao inferno, feito de retas escarlates.

E arranquei um dente essa semana. Ele estava me incomodando, então fiu ao banheiro com dois removedores de grampo e o arranquei em uma mini-explosão de sangue, me limpei, e voltei ao trabalho. Isso me fez pensar o que mais eu conseguiria fazer comigo mesmo sem me importar com a dor. Será que conseguiria fazer como Dali, e arrancar uma orelha? Ou talvez um dedo? Eu precisaria de uma faca de destrinchar pra isso; não acho que minha navalha sirva pra mais que esses cortes superficiais e inconsequentes que faço.

Não quero pensar nisso.

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A culpa não é dela. A responsabilidade não é dela. Eu estraguei tudo. Ela deveria se afastar de mim. Eu ofereço perigo a mim mesmo e a outros. Ela merece algo melhor. Ela tem a minha alma na palma da mão dela, e a acha nojenta.

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Em alguns momentos, consigo sentir o ponto de ruptura da minha mente, e o acaricio. Sinto aqueles momentos chaves em que, se eu começar a rir, ou a chorar, não vou parar mais. Aquele nível de sanidade que, se cair abaixo dele, vai tornar-se o novo valor padrão.

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Eu não ouço vozes, eu não vejo coisas que não estão lá, eu não sinto insetos rastejando sob minha pele, e quando olho no espelho, vejo meu rosto, em toda sua glória despenteada e barbuda. Eu não tenho pensamentos homicidas, eu não desejo mal a ninguém, e tento ser agradável e sociável com todos que encontro.

Eu apenas planejo meu suicído. Continuamente. Inutilmente. Eu não irei me matar. Não sou egoísta o bastante pra isso ainda.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

domingo, 2 de dezembro de 2012

domingo, 25 de novembro de 2012

Trust

(Uma das partes censuradas do texto anterior. Achei relevante, no momento.)

(...)Odeio começar a escrever assim. Não consigo parar. Como uma ânsia, meu subconsciente colocando pra fora o que não consegue digerir. E eu ainda não digeri. Já faz quase um ano, talvez até mais, desde que nós... perdemos o rumo. E pode ser paranóia minha... mas falta pedaço nessa história. Ocorreu algo de que ainda não sei, que foi propositalmente escondido de mim, não? Algo que, muy provavelmente, todos que estão lendo isso sabem... exceto eu.

 Mas ninguém irá me contar. Me habituo as mentiras e omissões daqueles a minha volta. Forço-me a aceitar o quão... rasas minhas amizades verdadeiramente são. O quanto a minha confiança já foi quebrada, o quanto já foi discutido de mim, o quanto eu confidenciei a ti ou a outros e tornou-se domínio público... e o quanto é considerado aceitável mentir e me enganar.(...)

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Todas as cartas que nunca irei mandar

Para cada pedaço de texto que escrevo e publico, aqui ou em qualquer outro lugar, há dezenas escritos e apagados. Cada um deles uma carta velada de amor, uma declaração e um apelo, e uma confissão gritada do alto de uma montanha. A metafórica pilha de papéis amassados bloquearia a luz do sol. Metaforicamente, é claro.

Porque tudo que eu quero é tudo.

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O resto deste texto foi censurado a pedidos.

domingo, 18 de novembro de 2012

Dead ends

Poças escarlates em uma vida em branco-e-preto.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

On depression.

(Escrevi direto no inglês. Se houver interesse, até traduzo, mas acho que todo mundo que lê isso [mesmo quem negue que lê] entendo um pouco da língua bretã.)

Depression is humiliating.

It turns intelligent, kind people into zombies who can’t wash a dish or change their socks. It affects the ability to think clearly, to feel anything, to ascribe value to your children, your lifelong passions, your relative good fortune. It scoops out your normal healthy ability to cope with bad days and bad news, and replaces it with an unrecognizable sludge that finds no pleasure, no delight, no point in anything outside of bed. You alienate your friends because you can’t behave yourself socially, you risk your job because you can’t concentrate, you live in moderate squalor because you have no energy to stand up, let alone take out the garbage. You become pathetic and you know it. And you have no capacity to stop the downward plunge. You have no perspective, no emotional reserves, no faith that it will get better. So you feel guilty and ashamed of your inability to deal with life like a regular human, which exacerbates the depression and the isolation.

Depression is humiliating.

It is the scum of the soul, the dredges, the rot. If you’ve never been depressed, thank your deities and back off the folks who take a pill or four so they can make eye contact with the grocery store cashier. No one on earth would choose the nightmare of depression over an averagely turbulent normal life.
It’s not an incapacity to cope with day to day living in the modern world. It’s an incapacity to function. At all. If you and your loved ones have been spared, every blessing to you. If depression has taken root in you or your loved ones, every blessing to you, too.

Depression is humiliating.

No one chooses it. No one deserves it. It runs in families, it ruins families. You cannot imagine what it takes to feign normalcy, to show up to work, to make a dentist appointment, to pay bills, to walk your dog, to return library books on time, to keep enough toilet paper on hand, when you are exerting most of your capacity on trying not to kill yourself. Depression is real. Just because you’ve never had it doesn’t make it imaginary. Compassion is also real. And a depressed person may cling desperately to it until they are out of the woods and they may remember your compassion for the rest of their lives as a force greater than their depression. Have a heart.

sábado, 3 de novembro de 2012

Don't give a shit

And I hope you'll find me rotting.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

The truth game

Bem vindo ao jogo da verdade.

Então, assim será o jogo da verdade: até segunda-feira que vem, não mentirei. Pra ninguém, por qualquer motivo. Exceto pra polícia, se for o caso. >_>

É a SUA chance de ter a verdade jogada na sua cara! Não perca tempo! Oferta limitada! Pergunte, e receberás.

sábado, 27 de outubro de 2012

Waiting for the answer

Eu sei os seus segreeeeedos.

domingo, 21 de outubro de 2012

Domingo.

Falta um certo equilíbrio a este blog, não?

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Fim de semana da Cla sempre é o fim de semana mais bacana. E a Cla cresce; não tanto fisicamente, mas cresce. Pel omenos ela ainda pede Lego de presente! O dia que ela não quiser Lego eu vou ficar TÃO TRISTE.

Tive um bom fim de semana. Boas companhias, boas comidas, me diverti muito com a Cla, compramos sapatos. Tudo que falta é aquela maciez especial do mundo que só se encontra dentro.

Tremei, vilões de Azeroth! Sakakisan e ReiDosPais, a druidesa e o caçador Worgen, estão à espreita!

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Hah.

(originalmente postado em 09/04/12)

Só porque eu disse. As palavras não acabam nunca. Elas acumulam e jorram aos borbotões, e eu nem sei o significado da palavra borbotões.

Aparentemente, eu esqueci como ficar em minha própria companhia em paz. Preciso reaprender, porque eu já estou no limite legal de pílulas brancas. Se bem que, pro tamanho da minha cabeça, devo poder extrapolar um pouco. Ou isso, ou começo a raptar pessoas felizes pra sugar-lhes fluido cerebral com uma seringa e injetar na minha cabeça. Mas pessoas felizes são raras, então, eu ia gastar mais tempo achando uma que aproveitando-me de sua anormal felicidade. Exceto, é claro, se eu a criasse em cativeiro. Hmm.

É curioso como a maioria das pessoas da minha vida não me conheceu solteiro em nenhum momento até agora. Já quem me viu solteiro, sabe onde é buraco. Dica: perto da Austrália.

Talvez o que eu precise seja simplesmente sexo, e minha mente fica maquiando romanticamente a coisa toda.

Hoje pode ter sido um dia de merda, mas eu tenho que pesnar positivo e lembrar que manhã será um novo dia. De merda. Mas um dia diferente de merda. Minha mente já passou do 'quando' pro 'será que' pro 'e claro que não seu animal'. Eu acho que a minha mente tem alguma coisa contra mim.

E ainda tem visita em casa.

eventualmente eu vou ter que respirar

sábado, 6 de outubro de 2012

Audiência

Então, fiquei ciente que realmente tem MUITA gente que lê isso. Engraçado, né, considerando que eu dei o endereço pra UMA pessoa.

De qualquer maneira, já que estão lendo, comentem. Vamos lá, vençam a timidez.

sábado, 29 de setembro de 2012

Historinha.

Algo que escrevi um tempo atrás, e não cheguei a postar.

E não, eu não reviso o que escrevo. É pra isso que serve editor.

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    Há anos Leonardo cuidava de sua avó, uma simpática velhinha que vivia em um apartamento com nove gatos. Inicialmente com uma ajuda financeira, e a medida que ela perdia suas funcionalidades, com as tarefas mais básicas. Quando recebeu uma oferta de emprego vantajosa em outra cidade, a boa senhora já estava presa a uma cadeira de rodas, silenciosa, apenas seus olhos sempre seguindo o lânguido passar dos felinos.
    Leonardo não hesitou e aceitou a proposta, arranjando uma enfermeira que aceitasse o pouco que podia pagar para que sua avó não necessitasse em nada. A rotina acertada com a nova empregada, mudou-se.
    Voltou um mês depois, cansado mas cheio de contentamento. Encantara seus novos patrões, e via a possibilidade de uma carreira brilhante à sua frente. Também via à sua frente a porta trancada do apartamento, e um silêncio apenas ressaltado pelo toque da campainha que soou sem resposta.
    No lugar que havia deixado a chave reserva, haviam duas, idênticas. A porta abriu com um assobio, a pressão interna e externa se equalizando, e o fedor acumulado de gato escapando pelo corredor. No escuro da sala, vinte olhos dourados brilharam na direção da porta.
    Havia uma carta fechada no aparador próximo a porta, dentro dela um modesto maço de dinheiro e um bilhete da enfermeira. Recebera uma proposta irrecusável em outra cidade, e devolvia o pagamento adiantado junto com um pedido de desculpas. O bilhete datava de três semanas atrás.
    De sua avó, nada encontrou, além de suas roupas dobradas no armário, o mais vago cheiro do perfume de rosas que usara toda a vida, e os silenciosos passos de gatos gordos.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Inside I

Soy roto

Incognato.

Quando não entendo a própria pergunta, toda resposta se torna insatisfatória.

Me sinto estúpido, por não conseguir entender o que sinto.

Inércia.

Sinto que, se parar de me mover, vou ficar no mesmo lugar até criar mofo.

Mentira. Na verdade, sinto como se me movesse ladeira acima de patins. Se parar de me mover, ou vou escorregar pra trás mais ou menos de pé até voltar a me firmar, ou cair e rolar até a beirada. De novo.

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Sakaki me trouxe dois passarinhos seguidos nos últimos dias. Não sei de onde ela tirou esse poder oculto, já que ela não conseguia caçar nem barata. Deve ter rolado dois críticos em sequência. Anyway, queria saber aonde está o RESTO dos passarinhos. Beleza, ela comeu. Mas só sobrou pena e sangue! Cade as patas os bicos, etc? Ela comeu TUDO?!

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Terei de fazer apenas uma prova substitutiva neste semestre. Porque eu sou BOSS de faculdade.

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Agora que parei de fumar, as pessoas estão muito mais fedidas. Isso sozinho já quase me convence a voltar a fumar. Mas, vamos admitir, meu orgulho fala mais alto. Agora que eu parei de fumar como macho, na lata, voltar a fumar seria meio humilhante. Sim, meu ego sobrepõe-se à minha saúde.

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Eu deveria desenhar mais. Mas não consigo passar da mente pro papel como gostaria. O mesmo é válido para o que escrevo.

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Se morasse lá fora, eu totalmente viveria de sub-emprego (ou, no Japão, baitou). Eu me vejo trabalhando umas 20 horas aleatórias por semana como garçom e ganhando o bastante pra pagar aluguel, comida, e videogames.

Falando em videogames, Red Dead Redemption é um dos melhores jogos que já joguei. De fato, a maioria dos melhores jogos que já joguei está no XBox. Foi uma boa compra. Mas, voltando ao RDR, é divertido simplesmente cavalgar por ae, completando os challenges e caçando recompensa e etc.

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Você é minha oração
Ateísta carismática
Mimada gostosa e prática
Em um mundo sem salvação

Você é meu apelo
No chocolate com café
Desse mundo sem fé
De café com caramelo

Você é minha prece
Meu desesperado choro
Em jeans e couro
(Hah! Até parece!)

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A dona Aranha
Subiu pela parede
Veio a chuva forte
E a derrubou

Pra sempre.

Absenteísmo.

Deixo que minhas inseguranças tomem as rédeas, projeto meus medos e busco compensar minha falta de amor-próprio no amor de outrém.

Não é assim que funciona, seu idiota.

Oh.

FOR FUCK'S SAKE.

Maybe I'm a lion.

Coisas favoritas na vida:

1. Gatinhos.
2. Boobs.

Amor torto.

Não sei escrever cartas de amor, mas tento. Até aí, acho que também não sei amar direito, mas também tento.

Ela é a perfeita soma de imperfeições. Dura o bastante para me barrar na minha acelerada e celerada corrida em direção à merda, macia o bastante pra fazê-lo sem me machucar.

Ela dá cor ao meu mundo sépia.

Fluxo de consciência.

Sem edição, nem rascunho, nem porra nenhuma e pau no cu.

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Me irrito profundamente com a minha mãe. Por ela inflar o meu ego, e por nunca, jamais admitir a própria culpa em nada. É sempre mal compreendida. É sempre os outros que ficam de picuinha e inveja dela e fodem tudo. E o pior é que convence, porque é carismática. Bem, tenho a agradecer por ter herdado parte da carisma. E o queixo. Mas porra, eu ainda tenho as lembranças, e depois do nascimento da minha filha, é o que mais está marcado em minha memória.

E não, eu não acho que a minha enxaqueca é espiritual.

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Falando na dita, aparentemente ela se tornou semi-permanente. Eu consigo afastá-la, com concentração, cafeína, alcool, analgésicos... mas parece que grudou em mim, como um pedaço cinza da minha alma. Opa, estou falando como a minha mãe.

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As aulas começaram. Assisti apenas metade delas até agora. Mau começo. Mas eu verdadeiramente gosto da matéria.

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Matei um barata voadora em pleno ar hoje.

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A idéia de ir morar em Serra Negra num chalé com jardim e internet rápida me apetece. Apenas temo que minha companhia ficaria rapidamente entediada comigo. Porque, dada a liberdade, eu só jogo videogame, tomo café e fumo.

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Porra.

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Saudades daquela pequena garota moleque.

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Eu me concentro, e o mundo some.

Twitter!

Twitter!

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08:00 Despertador toca. Desligo.

08:30 Despertador toca. Desligo.

09:30 Acordo. Percebo que estou atrasado. Katzo.

09:35 Acendo o primeiro cigarro do dia. Tomo minha pílula feliz. Acesso meu e-mail.

09:40 Deixo alguma coisa baixando no pc. Escovo os dentes, lavo o rosto, me troco, etc.

09:50 Saio pro serviço. Tem menos trânsito agora do que no meu horário usual.

10:00 Chego e estaciono. Passo no café, e a máquina de nescafé ainda está quebrada. Pego um chá gelado e vou trabalhar.

10:10 Logo no sistema. 28 e-mails me aguardam na caixa postal. Menos de meia dúzia importam. Me arrependo do chá gelado, que está horrível. A gerente já começa a colocar pressão no time pelas metas.

10:40 Acabo de organizar meu e-mail e minha lista de tarefas do dia. Factível, sem dúvida. Vou fumar o segundo cigarro do dia.

10:50 Cigarro fumado, mãos lavadas, tomo o primeiro café. Está terrivelmente amargo. Deve-se observar que eu gosto de café amargo; o que eu não gosto é de café ruim. Masco um chiclete pra tirar o gosto do café, do chá e do cigarro da boca.

11:00 Resolvo a primeira pendência do dia.

11:10 Recebo a visita de meu ilustre cliente esquizofrênico. Interessante como o imbróglio relativo ao cara me deixou tão irritado e decepcionado com os outros, que passei mesmo a gostar dele.

11:20 Coço o nariz. Ajeito a gravata. Quero ir almoçar. Vou tentar resolver outra pendência. Das pequenas.

11:25 Resolvo uma pequena emergência de impressora.

11:30 Meu cliente esquizofrênico vai embora xingando alguém. tenho uma conversa pouco inspirada sobre psicotrópicos com um colega de trabalho. As pessoas, no geral, são idiotas. Mundo triste.

11:35 Resolvo mais uma pendência. Eu listo meu trabalho assim: em pendências. Eu realmente queria poder ter um papel mais proativo. Fome come fome come.

11:40 Esperando que minha gerente coloque a senha dela pra que eu possa trabalhar em algo a qual eu DEVERIA ter acesso, mas não tenho. Até ae, grande merda.

11:50 Minha gerente finalmente se dignou a colocar sua senha em meu humilde teclado. Resolvi o trampo mais importante do dia.

11:55 Puta fome. Só posso sair pra almoçar daqui vinte minutos. Vou fumar novamente.

12:05 Voltei do cigarro. O gerente de retaguarda, que é possivelmente a pessoa mais bacana da agência, veio me falar que está havendo uma pequena fofoca minha. Uma diferença minha que tive no caixa, que resolvi diretamente com o cliente e não foi contabilizada, chegou aos ouvidos da gerente geral, e ela provavelmente vai querer falar comigo sobre isso depois. E eu sei quem fofocou isso: a porra da ******. Caralho, ******! Minha paciência com essa agência diminui. Daqui a pouco vou almoçar.

12:10 Sairei pra almoçar. A vontade, é claro, é não voltar. Mas voltarei, farei o meu serviço, depois tomarei um café, darei uma carona pro Podrs, irei no Sam's com a Ve, irei pra casa tomar banho, beber um Baileys e jogar Bioshock. Porque a minha vida não se resume ao meu trabalho e eu me recuso que se torne isso.

13:00 Voltei do almoço. Um almoço produtivo com o gerente de RET. Comi bastante salada, comprei uma barra de frutas pra lanchar mais tarde. Cigarro fumado, dentes escovados, mas ainda sinto o gosto de comida na boca...

13:10 Bati o ponto. Olhei pra tela do computador. Aquela cena de Wanted vem a mente. A maioria das minhas pendências depende de resposta de outras pessoas. Vou me concentrar na grande, então. Espero não ser interrompido. A única coisa que salva minha sanidade no serviço é o e-mail.

13:20 Fui interrompido. Ajustei o ar condicionado. Omniman ao resgate! Agora, um café, que eu estou ficando nauseado, e estou realmente sem paciência pra ficar com enxaqueca de novo.

13:30 Omniman ao resgate novamente. Fui buscar troco pesado na RET. E agora sim, o café.

13:40 Omniman ao resgate! prestei um serviço de extrato e consulta de transferência para um cliente jurídico. E tomei o meu café. AGORA, de volta praquela tarefa em que não queria ser interrompido.

13:42 Podrão manda um e-mail e deixa claro que é PODRÃO ...não Podrs. Podrs fica preocupado com a situação de Bandanna, porém ele diz que vai ser um come de toco basico e que ele não deve se preocupar com isso! Podrão relembra que pelo menos no fim do dia ele poderá degustar de um café decente. Podrs não sabe escrever DECENTE.

13:45 *suspiro*

13:55 Resolvi parcialmente um problema. Preciso esperar uma resposta pra continuar o processo. Enquanto isso, penso no meu videogame. É a quarta pessoa favorita na minha vida, no momento.

14:00 Preciso colocar meu celular pra carregar quando chegar em casa. Ontem a noite, percebi que a minha estocada DESCENTE com agarre seguida de giro interno e estocada central está ruim. Assim como minha espadada as costas com passo pra trás. Já a mesma espadada com passo a frente está razoável. Acho que vou fumar de novo.

14:15 Voltei do meu cigarro. O céu estava de um branco horrível, aquele nublado ultravioleta que machuca os olhos. Olha, tem um policial dentro da agência.

14:20 Preciso ver quanto remédio ainda tenho e comprar os da receita nova, pra ver pra quando preciso marcar minha próxima consulta com a excelentíssima Dra. Cynthia. Meus dedos coçam. O serviço progride lento.

14:25 Completei a tabela provisória de caixa pro fim do ano. Escolhi meus dias a dedo. De uma maneira ou de outra, essa tabela é só uma sugestão...

14:30 *suspiro*

14:35 Vou desenhar um peixinho. <'|XXX><

14:40 Tenho dúvidas sobre meu estado mental. Comerei uma barra de cereal com banana. Comendo. Hmm, sabor artificial de banana.

14:50 Mais problemas pra resolver. Felizmente, posso resolver por mensageiro.

14:55 A barrinha deu MAIS fome. Oy.

15:00 Continuo correndo atrás dos problemas do meu lotérico.

15:15 Também tenho que correr atrás do problema da imobiliária. Começa a chover forte.

15:25 Overman ao resgate! Mais solicitações jurídicas...

15:30 Excelente notícia! Agora, a função de supervisor só precisa de DOIS anos! ...gran bosta.

15:35 Comi outra barrinha. O serviço progride. Tenho vontade de fumar.

16:20 Cai uma chuva imensa. O banco inunda. Me enxarco cuidando de tudo. A força cai.Pego meu guarda-chuva no carro. Chove mais. A força cai. Perco meus updates de twitter. Fumo um cigarro. Conserto tudo na agência. Etc. Para de chover.

16:30 *suspiro* Aparentemente, o habitacional da ****** está dando pepino. Haha.

16:40 O marido da ****** é feio.

16:45 Aguardando um ramal desocupar. Falta meia hora pra ir embora. Aparentemente, em vez de cobrir dias específicos, cobrirei os almoços de caixa. Hmm.

16:50 Meus colegas de serviço me cansam. O sol saiu.

16:55 Bateu um sono.

17:00 Minha barba está no comprimento que gosto. Longa o bastante pra não espetar ou encravar, curta o bastante pra ser apenas uma sombra no rosto.

17:05 O asfalto já secou. Já encerrei por hoje; estou apenas esperando o tempo passar.

17:10 *suspiro*

17:20 Preciso sacar meu FGTS da prefeitura em algum momento...
Boa noite, cobaias.

Hoje já é oficialmente véspera de natal! Amanhã o banco abre as 8! E eu já imagino qual será o meu presente. Ainda assim, meus olhinhos ficarão brilhando.

Eu oficializei o meu desejo de brincar de casinha com ela pra sempre essa semana.

A frase anterior tem uma concordância muito estranha.
Quem acredita em Deus não sofre de enxaqueca crônica.

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Dio, eu gosto de brincar de casinha. Dormir sozinho torna-se triste. Ela pisca pra mim, e o mundo pisca de volta.

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Novo sintoma da enxaqueca: visão estroboscópica. Seria interessante, exceto que não é.
Café. Cigarros. Analgésicos.

Eu me mato de maneiras sutis.

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Estou contente que a recuperação parece estar indo bem. Estou particularmente decepcionado sobre como estou deixando minha enxaqueca estragar a minha vida e a das pessoas a minha volta. Novamente.

Sinto muito por tudo que deixo de fazer.
Com caneta na mão e nada na mente
(mesmo a caneta sendo um teclado)
Coloco meus demônios de lado
E marcho meus dedos em frente

E trinco os dentes, e fecho o punho
E choro e grito assim tremido
E solto um triste gemido
Sem empatia ou testemunho

Aquilo que sente
E tem passado
Não é escrito
Em um rascunho
Depois de dois meses, volto a escrever. Alguns considerariam isso uma recaída da depressão. Eu me encontro nesses alguns.

Não resta dúvida, em minha mente, da natureza de meus problemas. Eles, como um passe de mágica, desapareceram com o uso de medicação. Mas lentamente vem voltando, e acabando com minha qualidade de vida, e daqueles ao meu redor.

Tenho consulta marcada pra próxima semana. Vou pedir que minha médica aumente minha dose, ou troque a medicação, ou me dê um tiro na cabeça. Espero que ea escolha por aumentar a dosagem. Porque eu prefiro ser levemente retardado a inumanamente miserável.

Verdade seja dita, não sei porque escrevo isso. Ninguém lê este blog, no fim das contas. Acho que escrevo simplesmente pa tirar da cabeça pela ponta dos dedos. ou pra vomitar num sentido figurado, evitando assim vomitar no sentido real.

Porque minha enxaqueca e depressão andam tão lado a lado?

Anyway, pretendo escrever algo bacana mais tarde. Uma história, uma poesia, sei lá. Alguma coisa menos 'meu querido diário'.
Datado como ontem:
9:40
A minha felicidade, meu contentamento silencioso, encontra-se em uma pequena pílula branca. É estranho, e de certa forma assustador, perceber o quanto a minha vida depende de um equilíbrio químico meio retardado.
Exagero, claro, ao dizer que minha felicidade está na pílula. O que está lá é simplesmente... ponto de vista. Sob sua influência, meus dias continuam os mesmos dias miseráveis, mas minha opinião sobre eles e a maneira como eu os vejo muda. Eu posso olhar pra minha filha e não sentir medo ou culpa (infundados, diga-se de passagem), posso olhar pra minha pequena adorada com voz de gatinho e sentir nada além daquele calor morno e conforto primal de amar e ser amado em retorno.
Esse fim de semana, pego a Cla de novo. Isso deixou de ser novidade, mas ainda é bem bacana. Apesar das dificuldades que isso traz, eu gosto mais dos fins-de-semana em que a pego do que os outros. É simplesmente... revigorante ter uma criança em casa. Eu sei que nem todo mundo divide a opinião, mas eu gosto do barulho e da bagunça de criança pela casa, e gosto de levar pra passear, e etc.
De fato, tenho sonhado com certa frequência uma vida diferente. Mesmo hoje, sonhei que cuidava de maneira mais permanente da Cla e de meus sobrinhos. Eu realmente gosto dos meus sobrinhos, mesmo sendo duas garotas e um menino delicado. E mesmo uma delas gostando de Restart! (._.) Vou ficar mais triste do que esperava com a viagem de minha irmã.
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10:24
Estou comendo um pão de queijo e tomando um café. Perdi a linha de pensamento.
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10:33
Acabou o pão de queijo e café. Fiz uma boa ação essa semana: consegui a folga pro meu estagiário ir pro Hopi Hari com a escola.
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11:27
Oba, planos noturnos!

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Fluxo

Meus dias são horríveis.


Saio do banco atrasado, sabendo que vou demorar muito tempo pra chegar em casa, preso dento do carro, só eu, meus cigarros, meu CD de rock que ouço pela possivelmente milésima vez, e minha mente. Má companhia.

Observo uma mulher correndo. Ou algo parecido. Algumas pessoas têm o talento de rebolar, tem um gingado natural, não importa andando ou correndo ou whatever. Ela não. Mas ela tenta, como toda brasileira, tenta desesperadamente andar de uma maneira atraente. Como se precisasse. Bem, no caso dela, até precisa, já que ela é incrivelmente mediana. Mas o que ela acha que homens são? Homens são retardados. Ela tem peitos e boceta, e eventualmente isso é tudo que ela precisa. Não há mulher mediana no mundo que não ache alguém pra comê-la, esforçando-se o bastante.


Mulheres são igualmente retardadas. Em um balão, observo uma garotinha brincar em um daqueles cavalinhos de plástico no segundo andar de uma padaria. Masturbação pública, como é típico de mulheres. Masturbam-se com brinquedos e cavalos e vibrações, com roupas apertadas nos lugares certos, e nem percebem. Algumas dizem que uma roupa apertada e um decote as fazem se sentir poderosas. Mina, larga mão, que isso é endorfina. Isso é satisfação coital.


Sexualidade humana é triste e algo meio nojento. É claro que nós, nesse estado permanente de semi-excitação que vivemos por ser uma raça sem cio, não percebemos na maioria do tempo, mas sexo humano é uma bosta. Estamos sempre querendo, mas seguindo dez mil regras sobre quando, onde e como, e nos culpando por querermos mais e além do que essa média rasteira provém. Nós adoramos seios, que nada mais são do que glândulas inflamadas. Imensas (relativamente) glândulas excretoras, que quanto maiores e mais inchadas, mais interessantes. E isso não é apenas com os homens; as mulheres são tão obcecadas com seios quanto. Com os próprios, e com os das outras. Com como os seus aparecem ou deixam de aparecer nessa ou naquela roupa, e como e o quanto o das outras aparecem. Todas as mulheres parecem criar um limite interno de exposição glandular, vivem exatamente na beira desse limite, sendo tão ousadas quanto consideram digno, e qualquer coisa além disso é vulgar e banalizante. Inveja da coragem de outras, inveja da auto-estima de outras e principalmente, inveja do seio de outras.


Mas voltando aos homens. Triste gente, essa. Nada do que fazemos, é, realmente, decisão nossa. Estamos limitados nas opções que nos dão, e vivemos num mundo limitado pela contribuição não mesmo de outras pessoas, mas da massa amorfa que é a humanidade. Caminhamos na rua (ou dirigimos nossos carros, putos sem particular razão com coisa alguma), sobre um asfalto que não inventamos ou tivemos qualquer particular participação na maneira que existe, o mesmo sendo dito dos prédios a volta, do carro em que estamos ou da roupa que vestimos. Alguém pode ter inventado as calças, mas a calça específica que você veste, com suas costuras específicas e material específico e cor específica ad nauseam não foi inventada por ninguém; é um subproduto da humanidade. Que, diga-se de passagem, gera um monte de subprodutos, mas até agora não definiu exatamente a que veio.


Ah. Meu estabilizador de humor é um remédio mágico. Em vez de me estabilizar de um lado, seja depressivo ou retardado, ele mistura os dois. Então fico deprimido e ansioso, angustiado e criativo, agitado e querendo morrer. Yay.


Mas é curioso como o processo criativo só me vêm assim. Só quando estou perto do precipício me atinge o raio, o ímpeto. Que também é sempre acompanhado de um igual e oposto, o destrutivo. Mas foda-se.

Ainda tinha um pensamento sobre as minhas faculdades mentais, sobre o panorama mental, sobre o que existe nele, que pode ser resumido em Eu e Não-Eu, e sobre como eu morro de medo de descobrir que todas as partes realmente terríveis e patéticas são Eu e não Não-Eu, mas esvoaçou-se. Fico por aqui.


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Não-editado, não-revisado, não-planejado.
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Migraine.

Minúsculas fadas sombrias dançam na minha visão, em impossivelmente rápida fuga do foco, prenunciando o pior. Meu estômago lembra saudosamente do mar revolto, e como tal se revolta. Meus sucos estomacais tentam fugir da turbulência interna, lancçando pseudópodes pelo esôfago e arrastando-se pra cima.

Uma sombra branca cai sobre meus olhos; toda luz do mundo percebe minha vulnerabilidade e joga-se contra minha retina, com alegria e violência, mandando leões de corrente elétrica pelo meu nervo óptico. Os leões se encontram no meu cérebro, e são todos machos alfa.

O mundo pulsa na minha cabeça e meu cérebro se recusa a acompanhar o ritmo; colide com as paredes calcárias de sua prisão e armadura, e sangra. Sem ralo ou buraco que o escorra, o sangue acumula-se e infiltra-se na massa cinzenta.

Minhas mãos tremem. Na verdade, tudo treme; simplesmente é mais visível em minhas mãos. Sentir as vísceras tremendo é uma sensação estranha e terrivelmente desagradável.

Que merda.
I wish I could play the part
Of the one who lifts your heart
I wish I could be nice and kind
But I ain't got that in mind

Y'see, I plucked my wings away
Seems like I'm in the ground to stay
Y'see, I plucked my wings away
Seems like I'm in the ground to stay

Just wake me up before you go
Kiss me lips and I will know
Your parting is sweent and tender and true
And once again I'll come home to you

Y'see, I plucked my wings away
Seems like I'm in the ground to stay
Y'see, I plucked my wings away
Seems like I'm in the ground to stay

And the amber sky is full of me
The whole damn sea is full of me
And I ask why oh baby can't you see
It's you I want to fill with me

Y'see, I plucked my wings away
Seems like I'm in the ground to stay
Y'see, I plucked my wings away
Seems like I'm in the ground to stay

Semper

Estou tão puto, com tanto ódio de tudo, que não só a minha cabeça, mas meu corpo todo, minha mente dói.

Sinto-me como se houvesse um buraco negro de putice com o mundo no meu peito, que simplesmente vai sugando tudo que acontece a minha volta e agregando, afiando a raiva fria e cinza que pulsa.

E estou plenamente ciente que não há motivo pra tanto. Beleza, meu trabalho é um porre, minha família é um porre, minha ex é um porre, mas e daí? Porque eu estou deixando essas coisas pequenas, essas pessoas minúsculas me afetarem dessa maneira?

Arquivo.

Yo.

Esse é um post de despedida. Mesmo que não vá deixar de ler, pelo menos por um tempo, o que se escreve aqui, não creio que voltarei a participar. Esse tópico, é claro, é uma exceção. De maneira similar, é bem possível que não volte a ve-los com muita frequência. O que não constitui uma novidade por si só, já que já não vou a muito no futebol ou qualquer encontro, com raras exceções, como o ano novo.

E porqueeeeeeeeee, pergunta-se a massa? Porque o fórum deixou de ser o Otakamp há tempos. Não foi um processo instantâneo ou mesmo rápido, mas certamente está em vias de finalizar. Para mim, o Otakamp foi primeiramente, uma maneira de conhcer amigos. Depois, tornou-se um fórum entre amigos, com interesses em comum, que tinham interesse em manter as amizades, enquanto faziam novas, e se conhecer, e divertir-se junto. Agora, tornou-se simplesmente o fórum de uma pequene panela. Uma panela que, não apenas exclusiva, mas também é _excludante_. Que ativamente procura excluir as pessoas. Basicamente, o grupo de bullies da escola, formado por gente que provavelmente foi muito vítima disso quando mais novo...

Aqui, uma pequena nota sobre panelas. Antes, a definição que eu estou usando: um grupo pequeno de amigos inserido num grupo maior. Anyway, há anos eu já comento a respeito (se bem que ninguém lembra) sobre a existência das panelas no fórum, de como é atural que existam, e tudo mais. Saco, teve até o embróglio do fotolog, e antes disso, a panela da Chris, e tudo mais. Resumidamente, eu não tenho nada contra a existência de panelas per se.

Voltando ao assunto, o que é o fórum hoje em dia? Se resume ao tópico flood, já que ninguem faz um outro tópico interessante há meses. E o tópico flood se resume a piadas nonsense e internas de meia dúzia de pessoas. Enquanto isso, na vida real, não muda muito disso. É essa mesma meia dúzia que se vê e se encontra, e faz as próprias piadas internas, e etc. Maravilha. Se isso fosse tudo, eu nem me importaria, ou me dignaria a escrever algo a respeito. Simplesmente sairia, e dificilmente seria notada a minha saída. Em vez disso... em vez disso há as merdas que eu não posso ignorar.

Usando apenas alguns pequenos exemplos: Fe. Likan. Schiken. E você (SIM, VOCÊ) vem e me diz: "ah, mas eles também exageraram! Também tiveram parte! Ficaram ofendidos a toa!" E eu respondo: é possível. E se houvesse uma real amizade, tudo não passaria de um mal-entendido. Mas não é o que acontece: o que ocorre é o ciclo de humilhação repetida, o assunto forçado e forçado, as risadas não só peals costas, mas pela frente. O que qualquer um não teria a macheza de fazer sozinho, fazem em matilha. E por auto-reforço grupal, se julgam corretos na situação. Eu vos digo, senhores: não.

O que vocês (SIM, VOCÊS, PORRA) se tornaram é, como dito antes, um bando de bullies. Fanfarrões. Um grupo pequeno e fechado, que se auto-reforça mutuamente pra poder escorraçar todos os outros. Para ter aquela pequena e efêmera alegria do poder social. Por uma masturbação emocional. É degradante tomar parte, ou mesmo observar. Portanto, saio. E espero, honestamente, que continuem amigos. Pra sempre.

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Peço desculpas pelos erros de gramática, não revisei. E abro ao debate. Perguntas, classe?
Há orgasmo maior que o da chave na fechadura? Épica penetração completa que abre o mundo!
Um rio corta a terra amargo, invejoso do que fica, enquanto a terra suspira invejosa do que vai.

O respirar lento de trinta pessoas junta-se ao ainda mais lento respirar do ar condicionado, formando uma bolha de barulho quieto que é mais discreta que o silêncio.
A luz do sol filtra-se pela cortina, tamborilando sem peso o chão poeirento, enquanto a persiana assina a obra com suas sombras paralelas que orgiam na luz.

sábado, 25 de agosto de 2012

Turn the page

Casa nova, vida nova?

sábado, 11 de agosto de 2012

Invest a dime.

Ah, bocó. É tão difícil sem você.

domingo, 5 de agosto de 2012

Porquês.

Você sabe porque se sente humilhada com o que eu escrevo aqui? Porque é verdade. Porque você não tem como refutar ou argumentar contra, porque sabe, no fundo, que eu estou certo. Que nenhuma das palavras que eu coloco aqui deixam de corresponder com a realidade. Porque claramente eles (bem, no caso você já diminuiu pra 'ele', creio) tem um interesse tremendo em sua personalidade.

Você sabe porque você não responde? Porque é covarde. Porque enquanto não responder, pode manter as suas justificativas pra si mesma, e elas estarão seguras dentro si. A partir do momento que eu responder, eu vou elevar o espelho aos seus olhos, e você já sabe o que vai ver lá.

Você sabe porque você não me olha na cara? Porque os olhos são as janelas da alma, e você sabe o que tem na minha.

Você sabe porque eu escrevo isso aqui, em vez de simplesmente publicar no jornal, no face, mandar pro e-mail de todo mundo que eu conheço? Pelo que sobrou de respeito pelo ser humano que eu me enganei que você fosse. Mas você é simplesmente um robô, um autômoto orgânico; você simplesmente deixa os teus instintos te levar, e come quando tem fome, bebe quando tem sede e trepa quando está no cio. Portanto, não sei nem porque ainda mantenho essa imagem sua como uma pessoa.

Você sabe porquê você está sozinha? Porque você mente, pra todo mundo, o tempo todo, por causa da sua vergonha, do seu medo de ser repreendida. Então, você mente na cara de seus amigos, daqueles que gostam de você 'não, imagina, não fiz isso nem aquilo', só pra não ter que encarar o olhar deles. Mas você sabe que eles acabam descobrindo, né? E antes que você argumente que não está sozinha, pense bem a respeito. Bem. Você está em uma multidão, sim. Sozinha.

Você sabe porque você vai ficar bem? Porque você não precisa de mais nada que isso. Porque você é basal demais pra se permitir sentir qualquer outra coisa. Porque você não sabe nem mesmo fingir se importar, e portanto, está livre.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Fear and loathing.

No que depender de mim, ninguém sai vivo do mundo.

domingo, 22 de julho de 2012

Absoluto

Hahahaha.

Uma vez na vida eu gostaria de estar errado, mas infelizmente, estou sempre certo.Especialmente se o que eu acho não é o que eu quero.

Cachorros e cadelas.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Calor humano

Torno-me monástico.

Alguém me acorde quando o mundo acabar.

sábado, 7 de julho de 2012

Quebra

(essa não é a continuação do texto anterior, mas algo mais recente)

É sábado de feriadão, que vem logo após a semana mais puxada do mês no serviço. E eu estou tão, tão cansado de tudo.

Escrevo de uma posição terrível, deitado no sofá da sala de minha mãe. No sofá ao lado, minha filha joga uma versão nova de um jogo que eu jogava há vinte anos atrás. Ao lado, meu sobrinho joga um outro jogo, no qual eu o ensinei e ele já é melhor que eu. Minha outra sobrinha faz carinho na gata. Há uma sobrinha ausente. E estar aqui é... terapêutico.

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A sua miséria me incomoda. A sua felicidade também. E todos os homens solteiros que conhecemos dando em cima de você descaradamente é irritante. (Sim, se você faz um post sobre ter que arrumar o quarto, ou sair pra comprar sapatos ou whatever, e o cara se dá ao trabalho de dar um like, é porque, no mínimo, ele está acompanhando. E quer comer. Falo por experiência própria, suponho).

Não consigi mais sair com meus amigos, ir aos lugares que gosto, porque a sua ausência é marcada demais. Há uma lacuna no seu formato, uma sombra com a sua silhueta e acompanha a minha e pesa em meus ombros.

E, numa mostra da minha infantilidade, sentimentos negros, rancorosos, se acumulam no meu subconsciente cada vez que você ri e sorri e não sente como eu sinto. Essa minha irrelevância conflita com o meu ego. Eu achava que era o homem da sua vida; claramente, fui apenas um homem em sua vida. Posso até mesmo ter sido o último homem de sua vida, mas com a quantidade de gaviões lhe cercando e sua tendência a fazer merda quando enche a cara, acho pouco provável. (É fácil se interessar por você depois que você perdeu quarenta quilos, né? Ou, em uma atitude feminina, é fácil largar de alguém quando já sabe que tem fila). Considerando também sua tendência a mentir e esconder coisas que você acha que me machucariam, e por isso entenda-se coisas das quais você se envergonha, bem... quem sabe que fatos interessantes já aconteceram, que lábios provaram os seus, quem mais sentiu a maciez da sua pele?

O pior é que eu quero saber. Em uma mostra de meu masoquismo muito semelhante a maneira como eu pesquiso sobre as piores aranhas do mundo, eu tenho a curiosidade m´robida de saber as merdas que vocês faz e continua fazendo. Eu preciso me mudar de planeta.

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Para variar um pouco, uma crítica direta a você: você é absolutamente incapaz de manter a sua palavra e aquilo que você acorda. Tínhamos combinado um acordo de privacidade que você descumpriu a seu bel-prazer, falando pros outros de cada palavra ou gesto meu que não lhe agradava, mas certamente não contando do que te envergonha, da sua fraqueza, do que você fez.

Né, fuckbunny?

sábado, 30 de junho de 2012

Continuação de um mês atrás

Maio acaba, começa Junho. (É, faz tempo que eu escrevi isso.) O inverno se aproxima, e com ele a cristalização da alma. Ainda estou a espera da moto e do smartphone. (Sim, eu _ainda_ estou a espera) Não cobrarei, nem pedirei novamente. Presente tem que ser dado de maneira espontânea e de boa-fé. Se os tivesse comigo, já estariam em uso; como não tenho, vou vivendo sem. Não sei, realmente, porque ainda espero alguma coisa de alguém; pelo menos essa é uma lição que tenho aprendido. É curioso perder o otimismo, mas deve ser parte de toda aquela coisa de 'crescer' e tal.

E cresço, aos trancos e barrancos, resistindo bravamente. Por um breve momento de clareza, percebi que o futuro não importa, que é melhor morrer com boas memórias, e todas aquelas coisas negativas e ao mesmo tempo positivas que escrevo tão bem e tão frequentemente. Talvez o maior crescimento seja a aceitação: de que tudo morre, até o amor, e que não há injustiça nisso. O mundo é justo ao tratar todo mundo com a mesma indiferença.

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Eu sei que você provavelmente vai acabar lendo isto. (De fato, não fala mais comigo, mas ainda verifica se eu atualizei o blog religiosamente.) Não escrevo para você, e sim para mim mesmo, mas estou ciente da audiência eventual. Por favor, não se culpe por nada que leia aqui. Você mostra-se muito arrogante no que concerne os meus sentimentos, mas eles são entidades próprias. Você não pode simplesmente me dar felicidade, e da mesma maneira não é responsável pela ausência dela. Portanto, pare.

Sinto saudades de coisas insólitas: de Campos de Jordão, e Monte Verde, e Socorro. De fins de semana sem dinheiro, sem planos, sem procupações. De arroz com coisinha e estrogonofe de caixinha, de Mc e temaki de madrugada, de noites dormidas de conchinha, e de você cozinhando de calcinha. Sinto falta, realmente, de quando bastava a companhia um do outro, do abraçar silencioso, da ansiedade pelo domingo no sítio, do passeio na banheira.

Mas compreendo que o que sinto falta, mesmo, é de quem éramos. É das pessoas que fomos, dos jovens satisfeitos um com o outro. Esta é uma saudade ingênua, como sentir falta dos dias de infância. É inútil e um desperdício de tempo. Não somos mais aquelas pessoas; somos velhos na alma, bolas felpudas de ansiedade e depressão, corroendo a nós mesmo com velhas mágoas e rancores antigos.

Se há algo que me magoa, não é que você não me queira mais. É compreensível, é normal, faz parte. O que realmente pega-me pelo coração e torce é o fato de você estar infeliz. De você estar miserável, de se ver em um futuro solitário e margo, e isso ainda ser preferível à minha companhia. É difícil de acreditar que eu seja tudo aquilo que você diz a mim e aos outros, este exemplo masculino e cavalheiresco da espécie humana, quando ainda não me comparo a uma casa vazia cheia de gatos e livros.

Porém, isto é apenas meu orgulho falando. É quase um ciúmes imaterial, e algo de que me envergonho.

Obrigado pelas ações furtivas. Foram um bálsamo para meu espírito. Espero que não tenham pesado demais no seu.

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Continuo mais tarde.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Branca de Neve e o Caçador: Thor está de volta e... opa, peraí. Em um reino medieval sombrio, de uma rainha fraca de corpo (ui, inverno rigoroso, mesmo eu sendo a rainha e morando em um castelo com todas as lareiras e cobertores do reino acho que vou dar uma morridinha) e espírito (olha, uma rosa, vou pegá-la pelo espinho com força porque eu odeio os meus dedos e quero necrosar um tiquinho) e um rei pervertido (o que é isso, uma mulher acorrentada? Yay bondage, bora casar) nasce Branca de Neve. Ela é a Mais Bela de Todas™, pelo que está no seu coração, como o filme deixa bem explícito, caso o espectador seja retardado, não saiba o que é uma metáfora e realmente ache que isso só tem a ver com beleza física. Considerando que é um filme com a Kristen Stewart, não se pode descontar a possibilidade.

Continuando, a mãe da BdN morre de retardismo crônico gripe, o rei fica emo e vai enfrentar um exército de soldados de vidro com um ponto de vida cada. Em vez de fazer a coisa inteligente, e ficar arremessando pedra de longe (são de vidro, porra!), prefere ir lá e quebrar tudo. Assim aproveita pra diminuir o tamanho do próprio exército sem o sindicato enchendo o saco, suponho. Não há explicação para o que o exército vitral quer, de onde veio, pra onde vai, ou qualquer coisa do gênero, mas ninguém parece se importar. Dentro de uma carruagem que o inimigo estava levando pra passear o rei encontra Charlize Theron acorrentada e suja, fica com uma ereção real e decide casar com ela no dia seguinte, em vez de fazer a coisa inteligente e comê-la no matinho.

É claro que a recém coroada rainha não se sente muito confortável com o rei guardando a espada dele na sua bainha, então resolve guardar a faca dela entre as costelas dele. Sabe como é, pra parecer um acidente. De qualquer maneira, a rainha toma o reino, e em vez de matar a única outra herdeira possível, manda guardá-la no sótão. Porque, como fica óbvio, este é um mundo de gente retardada. Deve ser alguma coisa na água.

Blablabla, sob o julgo da Rainha o reino torna-se ainda mais sombrio e morto (lembra aquilo sobre sutileza e metáforas que eu disse um pouco antes?), e BdN cresce na torre, enquanto a Rainha fica chapada e segue as orientações da sua alucinação espelho mágico e come as menininhas bonitinhas pra se manter eternamente jovem. Meu, se isso funcionasse, o Mick Jagger não teria aquela cara detonada dele.

Anyway, BdN foge com a ajuda dos animais da floresta sombria, e eu não acredito que acabei de escrever essa frase seriamente, e a Rainha manda Thor ir buscá-la. Infelizmente, Thor perdeu o martelo e a tintura de cabelo, e resolveu encher a cara por causa disso. Ele a encontra, eles fogem juntos, vivem mil aventuras emocionantes com uma turminha do barulho armando altas confusões, e eu já revelei o suficiente do plot.

Chris Hemsworth é muito possivelmente o homem mais bonito do planeta no momento, mas parece estar preso em exatamente um personagem. Vejo um futuro muito parecido com o dos atores de LotR pra ele. Kristen Stewart está absolutamente perdida no papel, no filme, e eu acho que em Hollywood. A minha teoria é que ela é fruto de uma aposta entre empresários do cinema, sobre quem conseguiria transformar a pessoa mais insípida e sem talento que achasse em uma estrela com top billing. Os melhores atores do filme estão nos piores papéis: os anões, que só estão lá porque a história original tinha anões e que diabos, a gente tem que seguir o conto de fadas!

Thor (eu realmente acho que eles nem falam o nome do caçador no filme, de qualquer maneira) é claramente um inútil, que não consegue proteger ninguém, não ganha uma briga de ninguém, e só parece competente em comparação com BdN. Quando ela deixa de ser donzela (figurativamente, diga-se. Ela continua virgem, como a imagem sacro-cristã dela exige) e vira heroína, ele e jogado tão pra escanteio que você chega a esquecer que existe.

Charlize Theron teve toda a oportunidade de transformar Ravenna em uma personagem complexa e até mesmo 'gostável', e arruina tudo com o seu histrionismo. Se ela tivesse feito toda a atuação de maneira idêntica, apenas trocando os gritos por sussurros, teria criado uma personagem memorável.

E isso é tudo que há pra se dizer sobre o filme Talvez fosse menos crítico a respeito se não tivesse o assistido com um neném chorando e me chutando de um lado e com a mais suave das distrações de outro.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Solo

Woo, três mil visitas! Das quais umas duas mil são minhas, e o resto de vouyers anônimos. E, é claro, nosso queridíssimo googlebot. Oi, googlebot!

Mais um curso, mais um fluxo de consciência pra passar o tempo. Não sei dizer se é sorte ou azar meu o fato de que aprendo tão bem apenas ouvindo, sem prestar atenção. meu subconsciente é mais inteligente que o resto de mim. Há muitos professores e tutores que sentem-se desrespeitados por isso; felizmente, os mais iluminados dos mestres compreendem as diferentes formas de aprendizado, e as aceitam.

Muito interessante o tutor estar falando sobre como a maioria dos afastamentos do trabalho atualmente não se devem a problemas ósteo-musculares decorrentes da atividade, e sim por problemas psicológicos. Muitas vezes já perdi dias de trabalho por causa de meus probleminha, mas nunca realmente cogitei pedir afastamento por isso. Por que será? Acho que, apesar de entender racionalmente o desequilíbrio químico que me afeta, ainda me envergonho um pouco do que me aflige. Suponho que veja isso como uma fraqueza, pés de barro na imagem que crio de mim mesmo.

Assisti três filmes recentemente. Falarei deles na ordem em que os assisti. Os três mostraram-se satisfatórios, cada um a sua maneira, dentro da proposta.

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Missão Impossível 4: Ethan Hunt está de volta! Em uma missão de infiltração no Kremlin pela equipe IMF, é efetuado um atentado a bomba, e a equipe IMF é culpada pelo ocorrido. Ethan e seu time tem de correr contra o tempo (tempus fugit!) para encontrar os verdadeiros culpados e evitar WWIII, com recursos limitados e sem o apoio do governo.

Soa clichê? É clichê! E o filme abraça os clichês, brinca com eles, e os leva a sério. É a epítome do filme de ação e espião over-the-top. Tom Cruise parece um pouco cansado, como pede o plot do filme, mas continua interpretando Tom Cruise, superespião. Além disso, tem uma agente completamente esquecível (Paula Patton), Simon Pegg no papel de sempre, e as melhores surpresas do filme: Léa Seydoux como uma assassina de aluguel e o Gavião Arqueiro Jeremy Renner como um agente com um segredo em seu passado.

O filme diverte, dentro dos seus propósitos. Ação corrida, bodegas tecnológicas, vilões e mocinhos bem delineados, localizações exóticas, carros bacanas, luta de mulheres, explosões, Tom Cruise escalando algum objeto muito alto. É a experiência completa, perfeita pra assistir com um balde de pipoca no colo e o cérebro na estante.

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Homens de Preto 3: os agentes J e K estão de volta! Um antigo desafeto do agente K(Tommy Lee Jones) foge da prisão de segurança máxima na Lua e viaja de volta no tempo, para a época de seu aprisionamento, e mata K antes que possa ser preso. Como a única pessoa que se lembra dos fatos, J (Barack Obama Will Smith) viaja de volta no tempo atrás do canalha e torna-se parceiro do jovem Agente K, interpretado magnificamente por Josh Brolin.

A película utiliza-se muito bem dos sets e características do fim dos anos 60 e início dos 70, tanto de maneira óbvia quanto sutil. A agente O (Emma Thompson) trabalhando de secretária no MIB, de saia e laquê, é um dos melhores elementos, assim como o neuralizador 'portátil'.

É interessante como Smith e Lee Jones envelheceram bem, e como o filme reconhece que já foram 14 anos desde os acontecimentos do primeiro filme, e Will Smith já não é um novato bobinho. Os melhores papéis, porém, são de Brolin como um agente K antes de perder a alma, e Michael Stuhlbarg como Griff, o compreensivelmente perturbado alien que vive em todos os momentos ao mesmo tempo. É claro que fica a pergunta: como uma raça que prevê o futuro e tinha tecnologia suficiente pra criar a arma que protege um planeta inteiro dos vilões, conseguiu ser extinta por esses mesmos vilões?

Dentro do esperado, tudo é óbvio e previsível no filme... exceto Andy Warhol. Talvez sejamos nós a raça que vê o futuro.

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Isto acima é apenas um quarto do que escrevi hoje. Vou diluir o post pela semana. No próximo episódio: uma análise excessivamente longa de Branca de Neve e o Caçador, e uma reflexão profunda sobre a esperança.

terça-feira, 29 de maio de 2012

*plop*

Muito bem. Concentre-se.

Imagine um corpo de água escura. Pode ser uma lagoa, um lago, uma poça d'agua. O que há ao redor não importa. Apenas a água, calma e escura, cristalina, de um azul tão profundo que não se pode dizer onde acaba a água e começa a escuridão.

Imagine uma pedra, perfeitamente redonda e lisa, caindo, bem no centro da água imóvel. Você consegue ver, consegue ouvir? Consegue perceber as ondas que se formam, perfeitamente redondas, e somem no vazio? Consegue sentir o universo vibrando em fase harmônica com as ondas?


Respire.

Agora, torne-se a água. Liberte-se de suas preocupações, de sua personalidade, de seus sentidos. Seja a água. Vibre, arremesse gentilmente sua onda em todas as direções e nenhuma.

Respire.

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With the wildest smile I shall break through.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

A little bit of loneliness, a little bit of disregard

Eu já não tenho uma marca de bikini no dedo, nem cicatrizes nos braços.

Outono chega. A vida segue.