segunda-feira, 4 de junho de 2012

Solo

Woo, três mil visitas! Das quais umas duas mil são minhas, e o resto de vouyers anônimos. E, é claro, nosso queridíssimo googlebot. Oi, googlebot!

Mais um curso, mais um fluxo de consciência pra passar o tempo. Não sei dizer se é sorte ou azar meu o fato de que aprendo tão bem apenas ouvindo, sem prestar atenção. meu subconsciente é mais inteligente que o resto de mim. Há muitos professores e tutores que sentem-se desrespeitados por isso; felizmente, os mais iluminados dos mestres compreendem as diferentes formas de aprendizado, e as aceitam.

Muito interessante o tutor estar falando sobre como a maioria dos afastamentos do trabalho atualmente não se devem a problemas ósteo-musculares decorrentes da atividade, e sim por problemas psicológicos. Muitas vezes já perdi dias de trabalho por causa de meus probleminha, mas nunca realmente cogitei pedir afastamento por isso. Por que será? Acho que, apesar de entender racionalmente o desequilíbrio químico que me afeta, ainda me envergonho um pouco do que me aflige. Suponho que veja isso como uma fraqueza, pés de barro na imagem que crio de mim mesmo.

Assisti três filmes recentemente. Falarei deles na ordem em que os assisti. Os três mostraram-se satisfatórios, cada um a sua maneira, dentro da proposta.

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Missão Impossível 4: Ethan Hunt está de volta! Em uma missão de infiltração no Kremlin pela equipe IMF, é efetuado um atentado a bomba, e a equipe IMF é culpada pelo ocorrido. Ethan e seu time tem de correr contra o tempo (tempus fugit!) para encontrar os verdadeiros culpados e evitar WWIII, com recursos limitados e sem o apoio do governo.

Soa clichê? É clichê! E o filme abraça os clichês, brinca com eles, e os leva a sério. É a epítome do filme de ação e espião over-the-top. Tom Cruise parece um pouco cansado, como pede o plot do filme, mas continua interpretando Tom Cruise, superespião. Além disso, tem uma agente completamente esquecível (Paula Patton), Simon Pegg no papel de sempre, e as melhores surpresas do filme: Léa Seydoux como uma assassina de aluguel e o Gavião Arqueiro Jeremy Renner como um agente com um segredo em seu passado.

O filme diverte, dentro dos seus propósitos. Ação corrida, bodegas tecnológicas, vilões e mocinhos bem delineados, localizações exóticas, carros bacanas, luta de mulheres, explosões, Tom Cruise escalando algum objeto muito alto. É a experiência completa, perfeita pra assistir com um balde de pipoca no colo e o cérebro na estante.

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Homens de Preto 3: os agentes J e K estão de volta! Um antigo desafeto do agente K(Tommy Lee Jones) foge da prisão de segurança máxima na Lua e viaja de volta no tempo, para a época de seu aprisionamento, e mata K antes que possa ser preso. Como a única pessoa que se lembra dos fatos, J (Barack Obama Will Smith) viaja de volta no tempo atrás do canalha e torna-se parceiro do jovem Agente K, interpretado magnificamente por Josh Brolin.

A película utiliza-se muito bem dos sets e características do fim dos anos 60 e início dos 70, tanto de maneira óbvia quanto sutil. A agente O (Emma Thompson) trabalhando de secretária no MIB, de saia e laquê, é um dos melhores elementos, assim como o neuralizador 'portátil'.

É interessante como Smith e Lee Jones envelheceram bem, e como o filme reconhece que já foram 14 anos desde os acontecimentos do primeiro filme, e Will Smith já não é um novato bobinho. Os melhores papéis, porém, são de Brolin como um agente K antes de perder a alma, e Michael Stuhlbarg como Griff, o compreensivelmente perturbado alien que vive em todos os momentos ao mesmo tempo. É claro que fica a pergunta: como uma raça que prevê o futuro e tinha tecnologia suficiente pra criar a arma que protege um planeta inteiro dos vilões, conseguiu ser extinta por esses mesmos vilões?

Dentro do esperado, tudo é óbvio e previsível no filme... exceto Andy Warhol. Talvez sejamos nós a raça que vê o futuro.

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Isto acima é apenas um quarto do que escrevi hoje. Vou diluir o post pela semana. No próximo episódio: uma análise excessivamente longa de Branca de Neve e o Caçador, e uma reflexão profunda sobre a esperança.

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