quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Migraine.

Minúsculas fadas sombrias dançam na minha visão, em impossivelmente rápida fuga do foco, prenunciando o pior. Meu estômago lembra saudosamente do mar revolto, e como tal se revolta. Meus sucos estomacais tentam fugir da turbulência interna, lancçando pseudópodes pelo esôfago e arrastando-se pra cima.

Uma sombra branca cai sobre meus olhos; toda luz do mundo percebe minha vulnerabilidade e joga-se contra minha retina, com alegria e violência, mandando leões de corrente elétrica pelo meu nervo óptico. Os leões se encontram no meu cérebro, e são todos machos alfa.

O mundo pulsa na minha cabeça e meu cérebro se recusa a acompanhar o ritmo; colide com as paredes calcárias de sua prisão e armadura, e sangra. Sem ralo ou buraco que o escorra, o sangue acumula-se e infiltra-se na massa cinzenta.

Minhas mãos tremem. Na verdade, tudo treme; simplesmente é mais visível em minhas mãos. Sentir as vísceras tremendo é uma sensação estranha e terrivelmente desagradável.

Que merda.

Um comentário:

Verena disse...

>__>

Voce gosta mais dela do que de mim. T___T