Algo que escrevi um tempo atrás, e não cheguei a postar.
E não, eu não reviso o que escrevo. É pra isso que serve editor.
---
Há anos Leonardo cuidava de sua avó, uma simpática velhinha que vivia em um apartamento com nove gatos. Inicialmente com uma ajuda financeira, e a medida que ela perdia suas funcionalidades, com as tarefas mais básicas. Quando recebeu uma oferta de emprego vantajosa em outra cidade, a boa senhora já estava presa a uma cadeira de rodas, silenciosa, apenas seus olhos sempre seguindo o lânguido passar dos felinos.
Leonardo não hesitou e aceitou a proposta, arranjando uma enfermeira que aceitasse o pouco que podia pagar para que sua avó não necessitasse em nada. A rotina acertada com a nova empregada, mudou-se.
Voltou um mês depois, cansado mas cheio de contentamento. Encantara seus novos patrões, e via a possibilidade de uma carreira brilhante à sua frente. Também via à sua frente a porta trancada do apartamento, e um silêncio apenas ressaltado pelo toque da campainha que soou sem resposta.
No lugar que havia deixado a chave reserva, haviam duas, idênticas. A porta abriu com um assobio, a pressão interna e externa se equalizando, e o fedor acumulado de gato escapando pelo corredor. No escuro da sala, vinte olhos dourados brilharam na direção da porta.
Havia uma carta fechada no aparador próximo a porta, dentro dela um modesto maço de dinheiro e um bilhete da enfermeira. Recebera uma proposta irrecusável em outra cidade, e devolvia o pagamento adiantado junto com um pedido de desculpas. O bilhete datava de três semanas atrás.
De sua avó, nada encontrou, além de suas roupas dobradas no armário, o mais vago cheiro do perfume de rosas que usara toda a vida, e os silenciosos passos de gatos gordos.
sábado, 29 de setembro de 2012
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
Incognato.
Quando não entendo a própria pergunta, toda resposta se torna insatisfatória.
Me sinto estúpido, por não conseguir entender o que sinto.
Me sinto estúpido, por não conseguir entender o que sinto.
Inércia.
Sinto que, se parar de me mover, vou ficar no mesmo lugar até criar mofo.
Mentira. Na verdade, sinto como se me movesse ladeira acima de patins. Se parar de me mover, ou vou escorregar pra trás mais ou menos de pé até voltar a me firmar, ou cair e rolar até a beirada. De novo.
---
Sakaki me trouxe dois passarinhos seguidos nos últimos dias. Não sei de onde ela tirou esse poder oculto, já que ela não conseguia caçar nem barata. Deve ter rolado dois críticos em sequência. Anyway, queria saber aonde está o RESTO dos passarinhos. Beleza, ela comeu. Mas só sobrou pena e sangue! Cade as patas os bicos, etc? Ela comeu TUDO?!
---
Terei de fazer apenas uma prova substitutiva neste semestre. Porque eu sou BOSS de faculdade.
---
Agora que parei de fumar, as pessoas estão muito mais fedidas. Isso sozinho já quase me convence a voltar a fumar. Mas, vamos admitir, meu orgulho fala mais alto. Agora que eu parei de fumar como macho, na lata, voltar a fumar seria meio humilhante. Sim, meu ego sobrepõe-se à minha saúde.
---
Eu deveria desenhar mais. Mas não consigo passar da mente pro papel como gostaria. O mesmo é válido para o que escrevo.
---
Se morasse lá fora, eu totalmente viveria de sub-emprego (ou, no Japão, baitou). Eu me vejo trabalhando umas 20 horas aleatórias por semana como garçom e ganhando o bastante pra pagar aluguel, comida, e videogames.
Falando em videogames, Red Dead Redemption é um dos melhores jogos que já joguei. De fato, a maioria dos melhores jogos que já joguei está no XBox. Foi uma boa compra. Mas, voltando ao RDR, é divertido simplesmente cavalgar por ae, completando os challenges e caçando recompensa e etc.
--
Você é minha oração
Ateísta carismática
Mimada gostosa e prática
Em um mundo sem salvação
Você é meu apelo
No chocolate com café
Desse mundo sem fé
De café com caramelo
Você é minha prece
Meu desesperado choro
Em jeans e couro
(Hah! Até parece!)
---
A dona Aranha
Subiu pela parede
Veio a chuva forte
E a derrubou
Pra sempre.
Mentira. Na verdade, sinto como se me movesse ladeira acima de patins. Se parar de me mover, ou vou escorregar pra trás mais ou menos de pé até voltar a me firmar, ou cair e rolar até a beirada. De novo.
---
Sakaki me trouxe dois passarinhos seguidos nos últimos dias. Não sei de onde ela tirou esse poder oculto, já que ela não conseguia caçar nem barata. Deve ter rolado dois críticos em sequência. Anyway, queria saber aonde está o RESTO dos passarinhos. Beleza, ela comeu. Mas só sobrou pena e sangue! Cade as patas os bicos, etc? Ela comeu TUDO?!
---
Terei de fazer apenas uma prova substitutiva neste semestre. Porque eu sou BOSS de faculdade.
---
Agora que parei de fumar, as pessoas estão muito mais fedidas. Isso sozinho já quase me convence a voltar a fumar. Mas, vamos admitir, meu orgulho fala mais alto. Agora que eu parei de fumar como macho, na lata, voltar a fumar seria meio humilhante. Sim, meu ego sobrepõe-se à minha saúde.
---
Eu deveria desenhar mais. Mas não consigo passar da mente pro papel como gostaria. O mesmo é válido para o que escrevo.
---
Se morasse lá fora, eu totalmente viveria de sub-emprego (ou, no Japão, baitou). Eu me vejo trabalhando umas 20 horas aleatórias por semana como garçom e ganhando o bastante pra pagar aluguel, comida, e videogames.
Falando em videogames, Red Dead Redemption é um dos melhores jogos que já joguei. De fato, a maioria dos melhores jogos que já joguei está no XBox. Foi uma boa compra. Mas, voltando ao RDR, é divertido simplesmente cavalgar por ae, completando os challenges e caçando recompensa e etc.
--
Você é minha oração
Ateísta carismática
Mimada gostosa e prática
Em um mundo sem salvação
Você é meu apelo
No chocolate com café
Desse mundo sem fé
De café com caramelo
Você é minha prece
Meu desesperado choro
Em jeans e couro
(Hah! Até parece!)
---
A dona Aranha
Subiu pela parede
Veio a chuva forte
E a derrubou
Pra sempre.
Absenteísmo.
Deixo que minhas inseguranças tomem as rédeas, projeto meus medos e busco compensar minha falta de amor-próprio no amor de outrém.
Não é assim que funciona, seu idiota.
Não é assim que funciona, seu idiota.
Amor torto.
Não sei escrever cartas de amor, mas tento. Até aí, acho que também não sei amar direito, mas também tento.
Ela é a perfeita soma de imperfeições. Dura o bastante para me barrar na minha acelerada e celerada corrida em direção à merda, macia o bastante pra fazê-lo sem me machucar.
Ela dá cor ao meu mundo sépia.
Ela é a perfeita soma de imperfeições. Dura o bastante para me barrar na minha acelerada e celerada corrida em direção à merda, macia o bastante pra fazê-lo sem me machucar.
Ela dá cor ao meu mundo sépia.
Fluxo de consciência.
Sem edição, nem rascunho, nem porra nenhuma e pau no cu.
---
Me irrito profundamente com a minha mãe. Por ela inflar o meu ego, e por nunca, jamais admitir a própria culpa em nada. É sempre mal compreendida. É sempre os outros que ficam de picuinha e inveja dela e fodem tudo. E o pior é que convence, porque é carismática. Bem, tenho a agradecer por ter herdado parte da carisma. E o queixo. Mas porra, eu ainda tenho as lembranças, e depois do nascimento da minha filha, é o que mais está marcado em minha memória.
E não, eu não acho que a minha enxaqueca é espiritual.
---
Falando na dita, aparentemente ela se tornou semi-permanente. Eu consigo afastá-la, com concentração, cafeína, alcool, analgésicos... mas parece que grudou em mim, como um pedaço cinza da minha alma. Opa, estou falando como a minha mãe.
---
As aulas começaram. Assisti apenas metade delas até agora. Mau começo. Mas eu verdadeiramente gosto da matéria.
---
Matei um barata voadora em pleno ar hoje.
---
A idéia de ir morar em Serra Negra num chalé com jardim e internet rápida me apetece. Apenas temo que minha companhia ficaria rapidamente entediada comigo. Porque, dada a liberdade, eu só jogo videogame, tomo café e fumo.
---
Porra.
---
Saudades daquela pequena garota moleque.
---
Eu me concentro, e o mundo some.
---
Me irrito profundamente com a minha mãe. Por ela inflar o meu ego, e por nunca, jamais admitir a própria culpa em nada. É sempre mal compreendida. É sempre os outros que ficam de picuinha e inveja dela e fodem tudo. E o pior é que convence, porque é carismática. Bem, tenho a agradecer por ter herdado parte da carisma. E o queixo. Mas porra, eu ainda tenho as lembranças, e depois do nascimento da minha filha, é o que mais está marcado em minha memória.
E não, eu não acho que a minha enxaqueca é espiritual.
---
Falando na dita, aparentemente ela se tornou semi-permanente. Eu consigo afastá-la, com concentração, cafeína, alcool, analgésicos... mas parece que grudou em mim, como um pedaço cinza da minha alma. Opa, estou falando como a minha mãe.
---
As aulas começaram. Assisti apenas metade delas até agora. Mau começo. Mas eu verdadeiramente gosto da matéria.
---
Matei um barata voadora em pleno ar hoje.
---
A idéia de ir morar em Serra Negra num chalé com jardim e internet rápida me apetece. Apenas temo que minha companhia ficaria rapidamente entediada comigo. Porque, dada a liberdade, eu só jogo videogame, tomo café e fumo.
---
Porra.
---
Saudades daquela pequena garota moleque.
---
Eu me concentro, e o mundo some.
Twitter!
Twitter!
---
08:00 Despertador toca. Desligo.
08:30 Despertador toca. Desligo.
09:30 Acordo. Percebo que estou atrasado. Katzo.
09:35 Acendo o primeiro cigarro do dia. Tomo minha pílula feliz. Acesso meu e-mail.
09:40 Deixo alguma coisa baixando no pc. Escovo os dentes, lavo o rosto, me troco, etc.
09:50 Saio pro serviço. Tem menos trânsito agora do que no meu horário usual.
10:00 Chego e estaciono. Passo no café, e a máquina de nescafé ainda está quebrada. Pego um chá gelado e vou trabalhar.
10:10 Logo no sistema. 28 e-mails me aguardam na caixa postal. Menos de meia dúzia importam. Me arrependo do chá gelado, que está horrível. A gerente já começa a colocar pressão no time pelas metas.
10:40 Acabo de organizar meu e-mail e minha lista de tarefas do dia. Factível, sem dúvida. Vou fumar o segundo cigarro do dia.
10:50 Cigarro fumado, mãos lavadas, tomo o primeiro café. Está terrivelmente amargo. Deve-se observar que eu gosto de café amargo; o que eu não gosto é de café ruim. Masco um chiclete pra tirar o gosto do café, do chá e do cigarro da boca.
11:00 Resolvo a primeira pendência do dia.
11:10 Recebo a visita de meu ilustre cliente esquizofrênico. Interessante como o imbróglio relativo ao cara me deixou tão irritado e decepcionado com os outros, que passei mesmo a gostar dele.
11:20 Coço o nariz. Ajeito a gravata. Quero ir almoçar. Vou tentar resolver outra pendência. Das pequenas.
11:25 Resolvo uma pequena emergência de impressora.
11:30 Meu cliente esquizofrênico vai embora xingando alguém. tenho uma conversa pouco inspirada sobre psicotrópicos com um colega de trabalho. As pessoas, no geral, são idiotas. Mundo triste.
11:35 Resolvo mais uma pendência. Eu listo meu trabalho assim: em pendências. Eu realmente queria poder ter um papel mais proativo. Fome come fome come.
11:40 Esperando que minha gerente coloque a senha dela pra que eu possa trabalhar em algo a qual eu DEVERIA ter acesso, mas não tenho. Até ae, grande merda.
11:50 Minha gerente finalmente se dignou a colocar sua senha em meu humilde teclado. Resolvi o trampo mais importante do dia.
11:55 Puta fome. Só posso sair pra almoçar daqui vinte minutos. Vou fumar novamente.
12:05 Voltei do cigarro. O gerente de retaguarda, que é possivelmente a pessoa mais bacana da agência, veio me falar que está havendo uma pequena fofoca minha. Uma diferença minha que tive no caixa, que resolvi diretamente com o cliente e não foi contabilizada, chegou aos ouvidos da gerente geral, e ela provavelmente vai querer falar comigo sobre isso depois. E eu sei quem fofocou isso: a porra da ******. Caralho, ******! Minha paciência com essa agência diminui. Daqui a pouco vou almoçar.
12:10 Sairei pra almoçar. A vontade, é claro, é não voltar. Mas voltarei, farei o meu serviço, depois tomarei um café, darei uma carona pro Podrs, irei no Sam's com a Ve, irei pra casa tomar banho, beber um Baileys e jogar Bioshock. Porque a minha vida não se resume ao meu trabalho e eu me recuso que se torne isso.
13:00 Voltei do almoço. Um almoço produtivo com o gerente de RET. Comi bastante salada, comprei uma barra de frutas pra lanchar mais tarde. Cigarro fumado, dentes escovados, mas ainda sinto o gosto de comida na boca...
13:10 Bati o ponto. Olhei pra tela do computador. Aquela cena de Wanted vem a mente. A maioria das minhas pendências depende de resposta de outras pessoas. Vou me concentrar na grande, então. Espero não ser interrompido. A única coisa que salva minha sanidade no serviço é o e-mail.
13:20 Fui interrompido. Ajustei o ar condicionado. Omniman ao resgate! Agora, um café, que eu estou ficando nauseado, e estou realmente sem paciência pra ficar com enxaqueca de novo.
13:30 Omniman ao resgate novamente. Fui buscar troco pesado na RET. E agora sim, o café.
13:40 Omniman ao resgate! prestei um serviço de extrato e consulta de transferência para um cliente jurídico. E tomei o meu café. AGORA, de volta praquela tarefa em que não queria ser interrompido.
13:42 Podrão manda um e-mail e deixa claro que é PODRÃO ...não Podrs. Podrs fica preocupado com a situação de Bandanna, porém ele diz que vai ser um come de toco basico e que ele não deve se preocupar com isso! Podrão relembra que pelo menos no fim do dia ele poderá degustar de um café decente. Podrs não sabe escrever DECENTE.
13:45 *suspiro*
13:55 Resolvi parcialmente um problema. Preciso esperar uma resposta pra continuar o processo. Enquanto isso, penso no meu videogame. É a quarta pessoa favorita na minha vida, no momento.
14:00 Preciso colocar meu celular pra carregar quando chegar em casa. Ontem a noite, percebi que a minha estocada DESCENTE com agarre seguida de giro interno e estocada central está ruim. Assim como minha espadada as costas com passo pra trás. Já a mesma espadada com passo a frente está razoável. Acho que vou fumar de novo.
14:15 Voltei do meu cigarro. O céu estava de um branco horrível, aquele nublado ultravioleta que machuca os olhos. Olha, tem um policial dentro da agência.
14:20 Preciso ver quanto remédio ainda tenho e comprar os da receita nova, pra ver pra quando preciso marcar minha próxima consulta com a excelentíssima Dra. Cynthia. Meus dedos coçam. O serviço progride lento.
14:25 Completei a tabela provisória de caixa pro fim do ano. Escolhi meus dias a dedo. De uma maneira ou de outra, essa tabela é só uma sugestão...
14:30 *suspiro*
14:35 Vou desenhar um peixinho. <'|XXX><
14:40 Tenho dúvidas sobre meu estado mental. Comerei uma barra de cereal com banana. Comendo. Hmm, sabor artificial de banana.
14:50 Mais problemas pra resolver. Felizmente, posso resolver por mensageiro.
14:55 A barrinha deu MAIS fome. Oy.
15:00 Continuo correndo atrás dos problemas do meu lotérico.
15:15 Também tenho que correr atrás do problema da imobiliária. Começa a chover forte.
15:25 Overman ao resgate! Mais solicitações jurídicas...
15:30 Excelente notícia! Agora, a função de supervisor só precisa de DOIS anos! ...gran bosta.
15:35 Comi outra barrinha. O serviço progride. Tenho vontade de fumar.
16:20 Cai uma chuva imensa. O banco inunda. Me enxarco cuidando de tudo. A força cai.Pego meu guarda-chuva no carro. Chove mais. A força cai. Perco meus updates de twitter. Fumo um cigarro. Conserto tudo na agência. Etc. Para de chover.
16:30 *suspiro* Aparentemente, o habitacional da ****** está dando pepino. Haha.
16:40 O marido da ****** é feio.
16:45 Aguardando um ramal desocupar. Falta meia hora pra ir embora. Aparentemente, em vez de cobrir dias específicos, cobrirei os almoços de caixa. Hmm.
16:50 Meus colegas de serviço me cansam. O sol saiu.
16:55 Bateu um sono.
17:00 Minha barba está no comprimento que gosto. Longa o bastante pra não espetar ou encravar, curta o bastante pra ser apenas uma sombra no rosto.
17:05 O asfalto já secou. Já encerrei por hoje; estou apenas esperando o tempo passar.
17:10 *suspiro*
17:20 Preciso sacar meu FGTS da prefeitura em algum momento...
---
08:00 Despertador toca. Desligo.
08:30 Despertador toca. Desligo.
09:30 Acordo. Percebo que estou atrasado. Katzo.
09:35 Acendo o primeiro cigarro do dia. Tomo minha pílula feliz. Acesso meu e-mail.
09:40 Deixo alguma coisa baixando no pc. Escovo os dentes, lavo o rosto, me troco, etc.
09:50 Saio pro serviço. Tem menos trânsito agora do que no meu horário usual.
10:00 Chego e estaciono. Passo no café, e a máquina de nescafé ainda está quebrada. Pego um chá gelado e vou trabalhar.
10:10 Logo no sistema. 28 e-mails me aguardam na caixa postal. Menos de meia dúzia importam. Me arrependo do chá gelado, que está horrível. A gerente já começa a colocar pressão no time pelas metas.
10:40 Acabo de organizar meu e-mail e minha lista de tarefas do dia. Factível, sem dúvida. Vou fumar o segundo cigarro do dia.
10:50 Cigarro fumado, mãos lavadas, tomo o primeiro café. Está terrivelmente amargo. Deve-se observar que eu gosto de café amargo; o que eu não gosto é de café ruim. Masco um chiclete pra tirar o gosto do café, do chá e do cigarro da boca.
11:00 Resolvo a primeira pendência do dia.
11:10 Recebo a visita de meu ilustre cliente esquizofrênico. Interessante como o imbróglio relativo ao cara me deixou tão irritado e decepcionado com os outros, que passei mesmo a gostar dele.
11:20 Coço o nariz. Ajeito a gravata. Quero ir almoçar. Vou tentar resolver outra pendência. Das pequenas.
11:25 Resolvo uma pequena emergência de impressora.
11:30 Meu cliente esquizofrênico vai embora xingando alguém. tenho uma conversa pouco inspirada sobre psicotrópicos com um colega de trabalho. As pessoas, no geral, são idiotas. Mundo triste.
11:35 Resolvo mais uma pendência. Eu listo meu trabalho assim: em pendências. Eu realmente queria poder ter um papel mais proativo. Fome come fome come.
11:40 Esperando que minha gerente coloque a senha dela pra que eu possa trabalhar em algo a qual eu DEVERIA ter acesso, mas não tenho. Até ae, grande merda.
11:50 Minha gerente finalmente se dignou a colocar sua senha em meu humilde teclado. Resolvi o trampo mais importante do dia.
11:55 Puta fome. Só posso sair pra almoçar daqui vinte minutos. Vou fumar novamente.
12:05 Voltei do cigarro. O gerente de retaguarda, que é possivelmente a pessoa mais bacana da agência, veio me falar que está havendo uma pequena fofoca minha. Uma diferença minha que tive no caixa, que resolvi diretamente com o cliente e não foi contabilizada, chegou aos ouvidos da gerente geral, e ela provavelmente vai querer falar comigo sobre isso depois. E eu sei quem fofocou isso: a porra da ******. Caralho, ******! Minha paciência com essa agência diminui. Daqui a pouco vou almoçar.
12:10 Sairei pra almoçar. A vontade, é claro, é não voltar. Mas voltarei, farei o meu serviço, depois tomarei um café, darei uma carona pro Podrs, irei no Sam's com a Ve, irei pra casa tomar banho, beber um Baileys e jogar Bioshock. Porque a minha vida não se resume ao meu trabalho e eu me recuso que se torne isso.
13:00 Voltei do almoço. Um almoço produtivo com o gerente de RET. Comi bastante salada, comprei uma barra de frutas pra lanchar mais tarde. Cigarro fumado, dentes escovados, mas ainda sinto o gosto de comida na boca...
13:10 Bati o ponto. Olhei pra tela do computador. Aquela cena de Wanted vem a mente. A maioria das minhas pendências depende de resposta de outras pessoas. Vou me concentrar na grande, então. Espero não ser interrompido. A única coisa que salva minha sanidade no serviço é o e-mail.
13:20 Fui interrompido. Ajustei o ar condicionado. Omniman ao resgate! Agora, um café, que eu estou ficando nauseado, e estou realmente sem paciência pra ficar com enxaqueca de novo.
13:30 Omniman ao resgate novamente. Fui buscar troco pesado na RET. E agora sim, o café.
13:40 Omniman ao resgate! prestei um serviço de extrato e consulta de transferência para um cliente jurídico. E tomei o meu café. AGORA, de volta praquela tarefa em que não queria ser interrompido.
13:42 Podrão manda um e-mail e deixa claro que é PODRÃO ...não Podrs. Podrs fica preocupado com a situação de Bandanna, porém ele diz que vai ser um come de toco basico e que ele não deve se preocupar com isso! Podrão relembra que pelo menos no fim do dia ele poderá degustar de um café decente. Podrs não sabe escrever DECENTE.
13:45 *suspiro*
13:55 Resolvi parcialmente um problema. Preciso esperar uma resposta pra continuar o processo. Enquanto isso, penso no meu videogame. É a quarta pessoa favorita na minha vida, no momento.
14:00 Preciso colocar meu celular pra carregar quando chegar em casa. Ontem a noite, percebi que a minha estocada DESCENTE com agarre seguida de giro interno e estocada central está ruim. Assim como minha espadada as costas com passo pra trás. Já a mesma espadada com passo a frente está razoável. Acho que vou fumar de novo.
14:15 Voltei do meu cigarro. O céu estava de um branco horrível, aquele nublado ultravioleta que machuca os olhos. Olha, tem um policial dentro da agência.
14:20 Preciso ver quanto remédio ainda tenho e comprar os da receita nova, pra ver pra quando preciso marcar minha próxima consulta com a excelentíssima Dra. Cynthia. Meus dedos coçam. O serviço progride lento.
14:25 Completei a tabela provisória de caixa pro fim do ano. Escolhi meus dias a dedo. De uma maneira ou de outra, essa tabela é só uma sugestão...
14:30 *suspiro*
14:35 Vou desenhar um peixinho. <'|XXX><
14:40 Tenho dúvidas sobre meu estado mental. Comerei uma barra de cereal com banana. Comendo. Hmm, sabor artificial de banana.
14:50 Mais problemas pra resolver. Felizmente, posso resolver por mensageiro.
14:55 A barrinha deu MAIS fome. Oy.
15:00 Continuo correndo atrás dos problemas do meu lotérico.
15:15 Também tenho que correr atrás do problema da imobiliária. Começa a chover forte.
15:25 Overman ao resgate! Mais solicitações jurídicas...
15:30 Excelente notícia! Agora, a função de supervisor só precisa de DOIS anos! ...gran bosta.
15:35 Comi outra barrinha. O serviço progride. Tenho vontade de fumar.
16:20 Cai uma chuva imensa. O banco inunda. Me enxarco cuidando de tudo. A força cai.Pego meu guarda-chuva no carro. Chove mais. A força cai. Perco meus updates de twitter. Fumo um cigarro. Conserto tudo na agência. Etc. Para de chover.
16:30 *suspiro* Aparentemente, o habitacional da ****** está dando pepino. Haha.
16:40 O marido da ****** é feio.
16:45 Aguardando um ramal desocupar. Falta meia hora pra ir embora. Aparentemente, em vez de cobrir dias específicos, cobrirei os almoços de caixa. Hmm.
16:50 Meus colegas de serviço me cansam. O sol saiu.
16:55 Bateu um sono.
17:00 Minha barba está no comprimento que gosto. Longa o bastante pra não espetar ou encravar, curta o bastante pra ser apenas uma sombra no rosto.
17:05 O asfalto já secou. Já encerrei por hoje; estou apenas esperando o tempo passar.
17:10 *suspiro*
17:20 Preciso sacar meu FGTS da prefeitura em algum momento...
Boa noite, cobaias.
Hoje já é oficialmente véspera de natal! Amanhã o banco abre as 8! E eu já imagino qual será o meu presente. Ainda assim, meus olhinhos ficarão brilhando.
Eu oficializei o meu desejo de brincar de casinha com ela pra sempre essa semana.
A frase anterior tem uma concordância muito estranha.
Hoje já é oficialmente véspera de natal! Amanhã o banco abre as 8! E eu já imagino qual será o meu presente. Ainda assim, meus olhinhos ficarão brilhando.
Eu oficializei o meu desejo de brincar de casinha com ela pra sempre essa semana.
A frase anterior tem uma concordância muito estranha.
Café. Cigarros. Analgésicos.
Eu me mato de maneiras sutis.
---
Estou contente que a recuperação parece estar indo bem. Estou particularmente decepcionado sobre como estou deixando minha enxaqueca estragar a minha vida e a das pessoas a minha volta. Novamente.
Sinto muito por tudo que deixo de fazer.
Eu me mato de maneiras sutis.
---
Estou contente que a recuperação parece estar indo bem. Estou particularmente decepcionado sobre como estou deixando minha enxaqueca estragar a minha vida e a das pessoas a minha volta. Novamente.
Sinto muito por tudo que deixo de fazer.
Com caneta na mão e nada na mente
(mesmo a caneta sendo um teclado)
Coloco meus demônios de lado
E marcho meus dedos em frente
E trinco os dentes, e fecho o punho
E choro e grito assim tremido
E solto um triste gemido
Sem empatia ou testemunho
Aquilo que sente
E tem passado
Não é escrito
Em um rascunho
(mesmo a caneta sendo um teclado)
Coloco meus demônios de lado
E marcho meus dedos em frente
E trinco os dentes, e fecho o punho
E choro e grito assim tremido
E solto um triste gemido
Sem empatia ou testemunho
Aquilo que sente
E tem passado
Não é escrito
Em um rascunho
Depois de dois meses, volto a escrever. Alguns considerariam isso uma recaída da depressão. Eu me encontro nesses alguns.
Não resta dúvida, em minha mente, da natureza de meus problemas. Eles, como um passe de mágica, desapareceram com o uso de medicação. Mas lentamente vem voltando, e acabando com minha qualidade de vida, e daqueles ao meu redor.
Tenho consulta marcada pra próxima semana. Vou pedir que minha médica aumente minha dose, ou troque a medicação, ou me dê um tiro na cabeça. Espero que ea escolha por aumentar a dosagem. Porque eu prefiro ser levemente retardado a inumanamente miserável.
Verdade seja dita, não sei porque escrevo isso. Ninguém lê este blog, no fim das contas. Acho que escrevo simplesmente pa tirar da cabeça pela ponta dos dedos. ou pra vomitar num sentido figurado, evitando assim vomitar no sentido real.
Porque minha enxaqueca e depressão andam tão lado a lado?
Anyway, pretendo escrever algo bacana mais tarde. Uma história, uma poesia, sei lá. Alguma coisa menos 'meu querido diário'.
Não resta dúvida, em minha mente, da natureza de meus problemas. Eles, como um passe de mágica, desapareceram com o uso de medicação. Mas lentamente vem voltando, e acabando com minha qualidade de vida, e daqueles ao meu redor.
Tenho consulta marcada pra próxima semana. Vou pedir que minha médica aumente minha dose, ou troque a medicação, ou me dê um tiro na cabeça. Espero que ea escolha por aumentar a dosagem. Porque eu prefiro ser levemente retardado a inumanamente miserável.
Verdade seja dita, não sei porque escrevo isso. Ninguém lê este blog, no fim das contas. Acho que escrevo simplesmente pa tirar da cabeça pela ponta dos dedos. ou pra vomitar num sentido figurado, evitando assim vomitar no sentido real.
Porque minha enxaqueca e depressão andam tão lado a lado?
Anyway, pretendo escrever algo bacana mais tarde. Uma história, uma poesia, sei lá. Alguma coisa menos 'meu querido diário'.
Datado como ontem:
9:40
A minha felicidade, meu contentamento silencioso, encontra-se em uma pequena pílula branca. É estranho, e de certa forma assustador, perceber o quanto a minha vida depende de um equilíbrio químico meio retardado.
Esse fim de semana, pego a Cla de novo. Isso deixou de ser novidade, mas ainda é bem bacana. Apesar das dificuldades que isso traz, eu gosto mais dos fins-de-semana em que a pego do que os outros. É simplesmente... revigorante ter uma criança em casa. Eu sei que nem todo mundo divide a opinião, mas eu gosto do barulho e da bagunça de criança pela casa, e gosto de levar pra passear, e etc.
De fato, tenho sonhado com certa frequência uma vida diferente. Mesmo hoje, sonhei que cuidava de maneira mais permanente da Cla e de meus sobrinhos. Eu realmente gosto dos meus sobrinhos, mesmo sendo duas garotas e um menino delicado. E mesmo uma delas gostando de Restart! (._.) Vou ficar mais triste do que esperava com a viagem de minha irmã.
---
10:24
Estou comendo um pão de queijo e tomando um café. Perdi a linha de pensamento.
---
10:33
Acabou o pão de queijo e café. Fiz uma boa ação essa semana: consegui a folga pro meu estagiário ir pro Hopi Hari com a escola.
---
11:27
Oba, planos noturnos!
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
Fluxo
Meus dias são horríveis.
Saio do banco atrasado, sabendo que vou demorar muito tempo pra chegar em casa, preso dento do carro, só eu, meus cigarros, meu CD de rock que ouço pela possivelmente milésima vez, e minha mente. Má companhia.
Observo uma mulher correndo. Ou algo parecido. Algumas pessoas têm o talento de rebolar, tem um gingado natural, não importa andando ou correndo ou whatever. Ela não. Mas ela tenta, como toda brasileira, tenta desesperadamente andar de uma maneira atraente. Como se precisasse. Bem, no caso dela, até precisa, já que ela é incrivelmente mediana. Mas o que ela acha que homens são? Homens são retardados. Ela tem peitos e boceta, e eventualmente isso é tudo que ela precisa. Não há mulher mediana no mundo que não ache alguém pra comê-la, esforçando-se o bastante.
Mulheres são igualmente retardadas. Em um balão, observo uma garotinha brincar em um daqueles cavalinhos de plástico no segundo andar de uma padaria. Masturbação pública, como é típico de mulheres. Masturbam-se com brinquedos e cavalos e vibrações, com roupas apertadas nos lugares certos, e nem percebem. Algumas dizem que uma roupa apertada e um decote as fazem se sentir poderosas. Mina, larga mão, que isso é endorfina. Isso é satisfação coital.
Sexualidade humana é triste e algo meio nojento. É claro que nós, nesse estado permanente de semi-excitação que vivemos por ser uma raça sem cio, não percebemos na maioria do tempo, mas sexo humano é uma bosta. Estamos sempre querendo, mas seguindo dez mil regras sobre quando, onde e como, e nos culpando por querermos mais e além do que essa média rasteira provém. Nós adoramos seios, que nada mais são do que glândulas inflamadas. Imensas (relativamente) glândulas excretoras, que quanto maiores e mais inchadas, mais interessantes. E isso não é apenas com os homens; as mulheres são tão obcecadas com seios quanto. Com os próprios, e com os das outras. Com como os seus aparecem ou deixam de aparecer nessa ou naquela roupa, e como e o quanto o das outras aparecem. Todas as mulheres parecem criar um limite interno de exposição glandular, vivem exatamente na beira desse limite, sendo tão ousadas quanto consideram digno, e qualquer coisa além disso é vulgar e banalizante. Inveja da coragem de outras, inveja da auto-estima de outras e principalmente, inveja do seio de outras.
Mas voltando aos homens. Triste gente, essa. Nada do que fazemos, é, realmente, decisão nossa. Estamos limitados nas opções que nos dão, e vivemos num mundo limitado pela contribuição não mesmo de outras pessoas, mas da massa amorfa que é a humanidade. Caminhamos na rua (ou dirigimos nossos carros, putos sem particular razão com coisa alguma), sobre um asfalto que não inventamos ou tivemos qualquer particular participação na maneira que existe, o mesmo sendo dito dos prédios a volta, do carro em que estamos ou da roupa que vestimos. Alguém pode ter inventado as calças, mas a calça específica que você veste, com suas costuras específicas e material específico e cor específica ad nauseam não foi inventada por ninguém; é um subproduto da humanidade. Que, diga-se de passagem, gera um monte de subprodutos, mas até agora não definiu exatamente a que veio.
Ah. Meu estabilizador de humor é um remédio mágico. Em vez de me estabilizar de um lado, seja depressivo ou retardado, ele mistura os dois. Então fico deprimido e ansioso, angustiado e criativo, agitado e querendo morrer. Yay.
Mas é curioso como o processo criativo só me vêm assim. Só quando estou perto do precipício me atinge o raio, o ímpeto. Que também é sempre acompanhado de um igual e oposto, o destrutivo. Mas foda-se.
Ainda tinha um pensamento sobre as minhas faculdades mentais, sobre o panorama mental, sobre o que existe nele, que pode ser resumido em Eu e Não-Eu, e sobre como eu morro de medo de descobrir que todas as partes realmente terríveis e patéticas são Eu e não Não-Eu, mas esvoaçou-se. Fico por aqui.
---
Não-editado, não-revisado, não-planejado..
Saio do banco atrasado, sabendo que vou demorar muito tempo pra chegar em casa, preso dento do carro, só eu, meus cigarros, meu CD de rock que ouço pela possivelmente milésima vez, e minha mente. Má companhia.
Observo uma mulher correndo. Ou algo parecido. Algumas pessoas têm o talento de rebolar, tem um gingado natural, não importa andando ou correndo ou whatever. Ela não. Mas ela tenta, como toda brasileira, tenta desesperadamente andar de uma maneira atraente. Como se precisasse. Bem, no caso dela, até precisa, já que ela é incrivelmente mediana. Mas o que ela acha que homens são? Homens são retardados. Ela tem peitos e boceta, e eventualmente isso é tudo que ela precisa. Não há mulher mediana no mundo que não ache alguém pra comê-la, esforçando-se o bastante.
Mulheres são igualmente retardadas. Em um balão, observo uma garotinha brincar em um daqueles cavalinhos de plástico no segundo andar de uma padaria. Masturbação pública, como é típico de mulheres. Masturbam-se com brinquedos e cavalos e vibrações, com roupas apertadas nos lugares certos, e nem percebem. Algumas dizem que uma roupa apertada e um decote as fazem se sentir poderosas. Mina, larga mão, que isso é endorfina. Isso é satisfação coital.
Sexualidade humana é triste e algo meio nojento. É claro que nós, nesse estado permanente de semi-excitação que vivemos por ser uma raça sem cio, não percebemos na maioria do tempo, mas sexo humano é uma bosta. Estamos sempre querendo, mas seguindo dez mil regras sobre quando, onde e como, e nos culpando por querermos mais e além do que essa média rasteira provém. Nós adoramos seios, que nada mais são do que glândulas inflamadas. Imensas (relativamente) glândulas excretoras, que quanto maiores e mais inchadas, mais interessantes. E isso não é apenas com os homens; as mulheres são tão obcecadas com seios quanto. Com os próprios, e com os das outras. Com como os seus aparecem ou deixam de aparecer nessa ou naquela roupa, e como e o quanto o das outras aparecem. Todas as mulheres parecem criar um limite interno de exposição glandular, vivem exatamente na beira desse limite, sendo tão ousadas quanto consideram digno, e qualquer coisa além disso é vulgar e banalizante. Inveja da coragem de outras, inveja da auto-estima de outras e principalmente, inveja do seio de outras.
Mas voltando aos homens. Triste gente, essa. Nada do que fazemos, é, realmente, decisão nossa. Estamos limitados nas opções que nos dão, e vivemos num mundo limitado pela contribuição não mesmo de outras pessoas, mas da massa amorfa que é a humanidade. Caminhamos na rua (ou dirigimos nossos carros, putos sem particular razão com coisa alguma), sobre um asfalto que não inventamos ou tivemos qualquer particular participação na maneira que existe, o mesmo sendo dito dos prédios a volta, do carro em que estamos ou da roupa que vestimos. Alguém pode ter inventado as calças, mas a calça específica que você veste, com suas costuras específicas e material específico e cor específica ad nauseam não foi inventada por ninguém; é um subproduto da humanidade. Que, diga-se de passagem, gera um monte de subprodutos, mas até agora não definiu exatamente a que veio.
Ah. Meu estabilizador de humor é um remédio mágico. Em vez de me estabilizar de um lado, seja depressivo ou retardado, ele mistura os dois. Então fico deprimido e ansioso, angustiado e criativo, agitado e querendo morrer. Yay.
Mas é curioso como o processo criativo só me vêm assim. Só quando estou perto do precipício me atinge o raio, o ímpeto. Que também é sempre acompanhado de um igual e oposto, o destrutivo. Mas foda-se.
Ainda tinha um pensamento sobre as minhas faculdades mentais, sobre o panorama mental, sobre o que existe nele, que pode ser resumido em Eu e Não-Eu, e sobre como eu morro de medo de descobrir que todas as partes realmente terríveis e patéticas são Eu e não Não-Eu, mas esvoaçou-se. Fico por aqui.
---
Não-editado, não-revisado, não-planejado..
Migraine.
Minúsculas fadas sombrias dançam na minha visão, em impossivelmente rápida fuga do foco, prenunciando o pior. Meu estômago lembra saudosamente do mar revolto, e como tal se revolta. Meus sucos estomacais tentam fugir da turbulência interna, lancçando pseudópodes pelo esôfago e arrastando-se pra cima.
Uma sombra branca cai sobre meus olhos; toda luz do mundo percebe minha vulnerabilidade e joga-se contra minha retina, com alegria e violência, mandando leões de corrente elétrica pelo meu nervo óptico. Os leões se encontram no meu cérebro, e são todos machos alfa.
O mundo pulsa na minha cabeça e meu cérebro se recusa a acompanhar o ritmo; colide com as paredes calcárias de sua prisão e armadura, e sangra. Sem ralo ou buraco que o escorra, o sangue acumula-se e infiltra-se na massa cinzenta.
Minhas mãos tremem. Na verdade, tudo treme; simplesmente é mais visível em minhas mãos. Sentir as vísceras tremendo é uma sensação estranha e terrivelmente desagradável.
Que merda.
Uma sombra branca cai sobre meus olhos; toda luz do mundo percebe minha vulnerabilidade e joga-se contra minha retina, com alegria e violência, mandando leões de corrente elétrica pelo meu nervo óptico. Os leões se encontram no meu cérebro, e são todos machos alfa.
O mundo pulsa na minha cabeça e meu cérebro se recusa a acompanhar o ritmo; colide com as paredes calcárias de sua prisão e armadura, e sangra. Sem ralo ou buraco que o escorra, o sangue acumula-se e infiltra-se na massa cinzenta.
Minhas mãos tremem. Na verdade, tudo treme; simplesmente é mais visível em minhas mãos. Sentir as vísceras tremendo é uma sensação estranha e terrivelmente desagradável.
Que merda.
I wish I could play the part
Of the one who lifts your heart
I wish I could be nice and kind
But I ain't got that in mind
Y'see, I plucked my wings away
Seems like I'm in the ground to stay
Y'see, I plucked my wings away
Seems like I'm in the ground to stay
Just wake me up before you go
Kiss me lips and I will know
Your parting is sweent and tender and true
And once again I'll come home to you
Y'see, I plucked my wings away
Seems like I'm in the ground to stay
Y'see, I plucked my wings away
Seems like I'm in the ground to stay
And the amber sky is full of me
The whole damn sea is full of me
And I ask why oh baby can't you see
It's you I want to fill with me
Y'see, I plucked my wings away
Seems like I'm in the ground to stay
Y'see, I plucked my wings away
Seems like I'm in the ground to stay
Of the one who lifts your heart
I wish I could be nice and kind
But I ain't got that in mind
Y'see, I plucked my wings away
Seems like I'm in the ground to stay
Y'see, I plucked my wings away
Seems like I'm in the ground to stay
Just wake me up before you go
Kiss me lips and I will know
Your parting is sweent and tender and true
And once again I'll come home to you
Y'see, I plucked my wings away
Seems like I'm in the ground to stay
Y'see, I plucked my wings away
Seems like I'm in the ground to stay
And the amber sky is full of me
The whole damn sea is full of me
And I ask why oh baby can't you see
It's you I want to fill with me
Y'see, I plucked my wings away
Seems like I'm in the ground to stay
Y'see, I plucked my wings away
Seems like I'm in the ground to stay
Semper
Estou tão puto, com tanto ódio de tudo, que não só a minha cabeça, mas meu corpo todo, minha mente dói.
Sinto-me como se houvesse um buraco negro de putice com o mundo no meu peito, que simplesmente vai sugando tudo que acontece a minha volta e agregando, afiando a raiva fria e cinza que pulsa.
E estou plenamente ciente que não há motivo pra tanto. Beleza, meu trabalho é um porre, minha família é um porre, minha ex é um porre, mas e daí? Porque eu estou deixando essas coisas pequenas, essas pessoas minúsculas me afetarem dessa maneira?
Sinto-me como se houvesse um buraco negro de putice com o mundo no meu peito, que simplesmente vai sugando tudo que acontece a minha volta e agregando, afiando a raiva fria e cinza que pulsa.
E estou plenamente ciente que não há motivo pra tanto. Beleza, meu trabalho é um porre, minha família é um porre, minha ex é um porre, mas e daí? Porque eu estou deixando essas coisas pequenas, essas pessoas minúsculas me afetarem dessa maneira?
Arquivo.
Yo.
Esse é um post de despedida. Mesmo que não vá deixar de ler, pelo menos por um tempo, o que se escreve aqui, não creio que voltarei a participar. Esse tópico, é claro, é uma exceção. De maneira similar, é bem possível que não volte a ve-los com muita frequência. O que não constitui uma novidade por si só, já que já não vou a muito no futebol ou qualquer encontro, com raras exceções, como o ano novo.
E porqueeeeeeeeee, pergunta-se a massa? Porque o fórum deixou de ser o Otakamp há tempos. Não foi um processo instantâneo ou mesmo rápido, mas certamente está em vias de finalizar. Para mim, o Otakamp foi primeiramente, uma maneira de conhcer amigos. Depois, tornou-se um fórum entre amigos, com interesses em comum, que tinham interesse em manter as amizades, enquanto faziam novas, e se conhecer, e divertir-se junto. Agora, tornou-se simplesmente o fórum de uma pequene panela. Uma panela que, não apenas exclusiva, mas também é _excludante_. Que ativamente procura excluir as pessoas. Basicamente, o grupo de bullies da escola, formado por gente que provavelmente foi muito vítima disso quando mais novo...
Aqui, uma pequena nota sobre panelas. Antes, a definição que eu estou usando: um grupo pequeno de amigos inserido num grupo maior. Anyway, há anos eu já comento a respeito (se bem que ninguém lembra) sobre a existência das panelas no fórum, de como é atural que existam, e tudo mais. Saco, teve até o embróglio do fotolog, e antes disso, a panela da Chris, e tudo mais. Resumidamente, eu não tenho nada contra a existência de panelas per se.
Voltando ao assunto, o que é o fórum hoje em dia? Se resume ao tópico flood, já que ninguem faz um outro tópico interessante há meses. E o tópico flood se resume a piadas nonsense e internas de meia dúzia de pessoas. Enquanto isso, na vida real, não muda muito disso. É essa mesma meia dúzia que se vê e se encontra, e faz as próprias piadas internas, e etc. Maravilha. Se isso fosse tudo, eu nem me importaria, ou me dignaria a escrever algo a respeito. Simplesmente sairia, e dificilmente seria notada a minha saída. Em vez disso... em vez disso há as merdas que eu não posso ignorar.
Usando apenas alguns pequenos exemplos: Fe. Likan. Schiken. E você (SIM, VOCÊ) vem e me diz: "ah, mas eles também exageraram! Também tiveram parte! Ficaram ofendidos a toa!" E eu respondo: é possível. E se houvesse uma real amizade, tudo não passaria de um mal-entendido. Mas não é o que acontece: o que ocorre é o ciclo de humilhação repetida, o assunto forçado e forçado, as risadas não só peals costas, mas pela frente. O que qualquer um não teria a macheza de fazer sozinho, fazem em matilha. E por auto-reforço grupal, se julgam corretos na situação. Eu vos digo, senhores: não.
O que vocês (SIM, VOCÊS, PORRA) se tornaram é, como dito antes, um bando de bullies. Fanfarrões. Um grupo pequeno e fechado, que se auto-reforça mutuamente pra poder escorraçar todos os outros. Para ter aquela pequena e efêmera alegria do poder social. Por uma masturbação emocional. É degradante tomar parte, ou mesmo observar. Portanto, saio. E espero, honestamente, que continuem amigos. Pra sempre.
---
Peço desculpas pelos erros de gramática, não revisei. E abro ao debate. Perguntas, classe?
Esse é um post de despedida. Mesmo que não vá deixar de ler, pelo menos por um tempo, o que se escreve aqui, não creio que voltarei a participar. Esse tópico, é claro, é uma exceção. De maneira similar, é bem possível que não volte a ve-los com muita frequência. O que não constitui uma novidade por si só, já que já não vou a muito no futebol ou qualquer encontro, com raras exceções, como o ano novo.
E porqueeeeeeeeee, pergunta-se a massa? Porque o fórum deixou de ser o Otakamp há tempos. Não foi um processo instantâneo ou mesmo rápido, mas certamente está em vias de finalizar. Para mim, o Otakamp foi primeiramente, uma maneira de conhcer amigos. Depois, tornou-se um fórum entre amigos, com interesses em comum, que tinham interesse em manter as amizades, enquanto faziam novas, e se conhecer, e divertir-se junto. Agora, tornou-se simplesmente o fórum de uma pequene panela. Uma panela que, não apenas exclusiva, mas também é _excludante_. Que ativamente procura excluir as pessoas. Basicamente, o grupo de bullies da escola, formado por gente que provavelmente foi muito vítima disso quando mais novo...
Aqui, uma pequena nota sobre panelas. Antes, a definição que eu estou usando: um grupo pequeno de amigos inserido num grupo maior. Anyway, há anos eu já comento a respeito (se bem que ninguém lembra) sobre a existência das panelas no fórum, de como é atural que existam, e tudo mais. Saco, teve até o embróglio do fotolog, e antes disso, a panela da Chris, e tudo mais. Resumidamente, eu não tenho nada contra a existência de panelas per se.
Voltando ao assunto, o que é o fórum hoje em dia? Se resume ao tópico flood, já que ninguem faz um outro tópico interessante há meses. E o tópico flood se resume a piadas nonsense e internas de meia dúzia de pessoas. Enquanto isso, na vida real, não muda muito disso. É essa mesma meia dúzia que se vê e se encontra, e faz as próprias piadas internas, e etc. Maravilha. Se isso fosse tudo, eu nem me importaria, ou me dignaria a escrever algo a respeito. Simplesmente sairia, e dificilmente seria notada a minha saída. Em vez disso... em vez disso há as merdas que eu não posso ignorar.
Usando apenas alguns pequenos exemplos: Fe. Likan. Schiken. E você (SIM, VOCÊ) vem e me diz: "ah, mas eles também exageraram! Também tiveram parte! Ficaram ofendidos a toa!" E eu respondo: é possível. E se houvesse uma real amizade, tudo não passaria de um mal-entendido. Mas não é o que acontece: o que ocorre é o ciclo de humilhação repetida, o assunto forçado e forçado, as risadas não só peals costas, mas pela frente. O que qualquer um não teria a macheza de fazer sozinho, fazem em matilha. E por auto-reforço grupal, se julgam corretos na situação. Eu vos digo, senhores: não.
O que vocês (SIM, VOCÊS, PORRA) se tornaram é, como dito antes, um bando de bullies. Fanfarrões. Um grupo pequeno e fechado, que se auto-reforça mutuamente pra poder escorraçar todos os outros. Para ter aquela pequena e efêmera alegria do poder social. Por uma masturbação emocional. É degradante tomar parte, ou mesmo observar. Portanto, saio. E espero, honestamente, que continuem amigos. Pra sempre.
---
Peço desculpas pelos erros de gramática, não revisei. E abro ao debate. Perguntas, classe?
Assinar:
Comentários (Atom)